Futebol do Rio murcha e pode ter só a dupla Fla-Flu na elite em 2021
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O Botafogo perdeu as últimas cinco partidas que disputou. O Vasco, três, empatou uma e ganhou outra. Ambos estão na zona do rebaixamento. Em 24 rodadas, o Alvinegro ganhou apenas três jogos. O Cruz-maltino, seis. Pelo futebol medíocre que vêm jogado, são grandes as possibilidades que continuem por lá. De novo. O Glorioso já caiu em 2002 e 2014; o Vasco, em 2008, 2013 e 2015. Pela primeira vez, ambos podem acabar juntos na Segunda Divisão. O que deixaria o Rio com apenas duas equipes na série A, em 2021: Flamengo e Fluminense.
A situação de ambos desmente aquela história de que às vezes é bom cair, pra se reestruturar e voltar com força para a elite do futebol. Vascaínos e botafoguenses não aprenderam patavinas com seus rebaixamentos. Muito pelo contrário. Imersos em dívidas, cultivadas décadas a fio por inúmeras administrações incompetentes, irresponsáveis e inconsequentes (para dizer o mínimo), não conseguem ver luz no fim do túnel que não seja a do trem fantasma em sentido contrário.
Impossível desvincular suas situações dramáticas do estado falimentar do futebol carioca, comandado há anos por uma federação abjeta, que só pensa em manter no poder o atual presidente e seus asseclas dos clubes pequenos e ligas do interior. Os grandes? Que se virem. E tratem de contribuir com 10% de tudo o que faturam nos jogos, para alimentar os donos da sauna.
Com a briga do Flamengo com a Rede Globo, provocando o cancelamento do contrato de TV para os próximos Estaduais, a situação dos clubes que caírem para a Série B se torna ainda mais dramática. No passado, a Globo mantinha, por um ano, no Brasileiro, as cotas dos grandes rebaixados. Isso acabou e sem garantia de uma boa verba do Estadual, não há a menor condição de se projetar um orçamento minimamente razoável para os cariocas que caírem na atual temporada.
Botafogo e Vasco terão novos presidentes no ano que vem. Durcesio Mello dirigirá o clube de General Severiano. Já em São Januário, ninguém sabe se a eleição que valeu foi aquela em que saiu vitorioso Leven Siano, ou a vencida por Jorge Salgado. Periga ter uma terceira.
Não gostaria de estar na pele de nenhum dos presidentes desses clubes. Não há S.A, investimentos fantasiosos de R$ 5 bilhões ou quaisquer outros delírios que deem jeito. O futebol do Rio de Janeiro agoniza. E se não houver uma autêntica revolução, que mude radicalmente o seu comando, nem Flamengo e Fluminense escaparão a médio, longo prazo.
Dá-lhe, Rubinho!
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