Tiago Nunes está se "chamuscando" no Corinthians

O Corinthians não jogou bulhufas na vitória sobre o Oeste. Mas, graças à derrota do Guarani para os reservas do São Paulo, classificou-se para as quartas de final do Paulistinha. Enfrentará agora o Red Bull Bragantino, o melhor time da competição. Pode ir adiante? Até pode, óbvio, pela tradição e pelo peso de sua camisa. Mas entra como zebra neste mata-mata.

O trabalho de Tiago Nunes, por enquanto, é desanimador. Seu time não tem padrão, não tem jogada ensaiada, não cria nada no meio-campo e no ataque e nem de longe lembra o ofensivo Athletico Paranaense que ele mesmo dirigiu, com tanto brilho, nos últimos dois anos.

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Estará o Tiago em processo de se transformar em um novo Péricles Chamusca - treinador extremamente promissor em início de carreira que não conseguiu se firmar em clubes grandes daqui? São muitos os casos de profissionais que obtêm sucesso à frente de times pequenos ou médios e fracassam quando colocados sob pressão maior.

É verdade que o elenco corintiano está a anos-luz de ser empolgante. Mas tem jogadores bons o suficiente para praticar um futebol muito melhor do que se tem visto. Diante do Oeste, então, foi um show de horrores. A primeira conclusão corintiana a gol foi no último minuto do primeiro tempo, quando saiu o gol de cabeça de Danilo Avelar! Algo inadmissível diante de um adversário tão fraco.

Tiago Nunes ocupa a pole-position do grid de decepções à boca do túnel, mas, justiça seja feita, não é o único a estar devendo no Paulistinha.

O trabalho do português Jesualdo Ferreira também não empolga os santistas (incrível a virada que levou do Novorizontino!), Fernando Diniz tampouco entusiasma os são-paulinos e Vanderlei Luxemburgo é outro que parece perdido, em busca de um onze ideal.

Sobre Luxemburgo, aliás, a melhor definição veio do repórter Sandro Barbosa, no Twitter:

"Eu gostaria muito de ver em campo o Palmeiras que o Luxemburgo descreve nas entrevistas pós-jogo! Sempre joga bem, está no caminho certo, apresenta um futebol exuberante....".

Na mosca! Acho difícil que o Red Bull Bragantino chegue ao título deste ano - uma vez mais, a força da camisa e a experiência dos jogadores dos times mais acostumados a decidir costumam pesar nas decisões. Mas que até agora o melhor treinador do torneio, disparado, é Felipe Conceição (ex-Botafogo), não tenho a menor dúvida. Com um elenco infinitamente mais barato e atletas apenas medianos, deu um banho em Tiago, Diniz, Jesualdo e Luxemburgo. Todos estão devendo. A conferir quem sai do vermelho para o azul nesta reta final.