Rafael Reis

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Reportagem

Xabi Alonso rompe tradição vencedora e faz Real menos brasileiro em 10 anos

É com o time menos brasileiro em uma década que o Real Madrid enfrenta hoje o Borussia Dortmund, a partir das 17h (de Brasília), em Nova Jersey, em busca da classificação para as semifinais do Mundial de Clubes.

Em seu primeiro mês como técnico do gigante espanhol, Xabi Alonso tem indicado que imagina seu time ideal com a presença de apenas um representante do Brasil: Vinícius Júnior.

A última vez que o Real teve uma equipe titular tão pouco pintada de verde e amarelo foi em 2014/15. Na ocasião, o lateral esquerdo Marcelo era o único jogador do país que costumava iniciar as partidas.

Desde então, os merengues sempre tiveram pelo menos dois (e, em alguns momentos, até três) brasileiros em sua formação mais recorrente. E foi com essa fartura "canarinho" que ganhou cinco títulos da Liga dos Campeões da Europa nos últimos dez anos

Rodrygo é a primeira vítima

Dono da ponta direita do Real nas últimas temporadas, Rodrygo tem sido o maior prejudicado pela troca no comando da equipe madrilena neste começo de ciclo.

O brasileiro até começou jogando o Mundial, mas foi para o banco depois do empate por 1 a 1 com o Al-Hilal, na estreia, e não voltou mais de lá. No confronto de oitavas de final contra a Juventus, nem sequer foi acionado no segundo tempo.

Rodrygo foi sacrificado pela decisão de Xabi Alonso de mudar o desenho tático merengue e passar a jogar em uma formação mais parecida com a que ele usava no Bayer Leverkusen, com três zagueiros. O substituto do brasileiro no time, o turco Arda Güler, tem jogado pela faixa central do campo, como uma espécie de segundo volante.

A dúvida Éder Militão

Sem jogar uma partida oficial desde novembro, em virtude da ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, Éder Militão é quem mais parece ter chances de virar um segundo titular brasileiro no novo Real. Mas essa está longe de ser uma certeza.

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O zagueiro, que voltou a ser relacionado no confronto com a Juventus, na última terça-feira, tem emendado problemas físicos graves há duas temporadas.

Além das incertezas naturais de como será sua retomada de carreira, Militão terá de enfrentar uma concorrência pesada para recuperar espaço no time.

Antonio Rüdiger é titular absoluto do miolo de zaga, o recém-chegado Dean Huijsen tem recebido elogios pesados por suas primeiras performances vestindo branco e Aurélien Tchouaméni tem uma importância tática única por ser volante de origem e possibilitar alternâncias de formação durante a partida sem necessidade de trocar jogadores.

Até Endrick pode se dar mal

Endrick já era reserva com Carlo Ancelotti e não tinha muita perspectiva de mudar essa situação com o novo treinador. Mesmo assim, tem visto sua situação no Real ficar mais complicada.

Fora do Mundial por conta de uma lesão de tendão, o ex-Palmeiras viu o garoto recém-promovido das categorias de base Gonzalo García aproveitar as chances deixadas pela gastroenterite de Kylian Mbappé para se transformar em um dos destaques do time na competição.

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García vem sido aproveitado como titular do Real nos Estados Unidos, já tem três gols marcados e até foi eleito uma vez o melhor jogador da partida (contra o Al-Hilal). Com mais presença de área que Endrick, é cada vez mais um candidato a virar o reserva imediato do comando de ataque merengue, reduzindo a minutagem do brasileiro.

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