Rafael Reis

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Reportagem

Brasileiro disputa Mundial por time de Marrocos, mas nunca pisou no país

Guilherme Ferreira nunca pisou em Marrocos. E pode ser até que jamais viaje ao país do norte da África no futuro.

Mesmo assim, o zagueiro de 25 anos será um dos três brasileiros a serviço do Wydad, representante marroquino no Mundial de Clubes da Fifa, no confronto contra o poderoso Manchester City, hoje, a partir das 13h (de Brasília), na Filadélfia.

Mas, diferente dos meias-atacantes Arthur e Pedrinho, que chegaram ainda no ano passado a Casablanca, Guilherme está fazendo apenas um "frila" no time africano.

Contratado por empréstimo no último dia da janela de transferências extra pré-Mundial, o defensor assinou com o Wydad por somente um mês. Depois do torneio, caso o clube não exerça a opção de compra, ele retornará ao Felgueiras, da segunda divisão portuguesa, que ainda é dono dos seus direitos econômicos.

"Confesso que foi um pouco inesperado. Estava com os meus pais, descansando após uma temporada desgastante. De repente, surge essa oportunidade. Meus empresários me ligaram e, de cara, já dei sinal verde para que eles avançassem", explicou o jogador.

Como sua contratação foi de última hora, Guilherme nem chegou a ir para Marrocos. Ele viajou direto para os Estados Unidos e encontrou seus novos companheiros do time já em Maryland, base do Wydad para a disputa do Mundial.

"Vendo sonhando há alguns anos com essa oportunidade. É o sonho de qualquer menino e estou dando 300% para aproveitar a chance e ajudar minha equipe."

Quem é Guilherme Ferreira?

O jogo contra o City e a participação no Mundial são as chances de Guilherme Ferreira ficar conhecido até dentro do seu próprio país.

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O zagueiro até passou pelas categorias de base de Cruzeiro e América-MG, mas, aqui no Brasil, atuou profissionalmente apenas pelo Guarani de Divinópolis, hoje no Módulo II de Minas Gerais.

Aos 21 anos, transferiu-se para Portugal. E não voltou mais para casa. Na terra de Cristiano Ronaldo, jogou apenas em clubes de segunda e terceira divisão. Em 2024/25, ficou na nona posição da "Série B" lusa com o Felgueiras.

"A minha temporada, tanto no nível individual quanto no coletivo, foi muito boa, a melhor desde que fui para a Europa. E aí, começaram a aparecer abordagens. No começo da temporada, eu não poderia nem imaginar que hoje estaria jogando uma competição contra os melhores do mundo", analisou.

O novo Mundial

A primeira edição da versão turbinada do Mundial de Clubes começou no último sábado e vai até o dia 15 de julho. Todos os jogos estão sendo disputados nos EUA, país que também receberá a Copa do Mundo-2026, mas aí com a companhia de Canadá e México na organização.

Dos 32 times participantes, todos campeões continentais ou com campanhas de destaque ao longo do ciclo entre 2021 e 2024, quatro são brasileiros: Palmeiras, Flamengo, Fluminense e Botafogo, justamente os últimos vencedores da Copa Libertadores da América.

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Na segunda rodada, o Palmeiras será o primeiro a jogar, contra o Al-Ahly, amanhã, às 13h (de Brasília). O Botafogo também vai a campo nesta quinta-feira e terá o atual campeão europeu, Paris Saint-Germain, pela frente. Na sexta, o Flamengo mede forças com o Chelsea. E o Fluminense encara o Ulsan HD, no sábado.

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