Parceiro brasileiro de Messi elege Palmeiras como jogo mais duro no Mundial

Além da questão emocional, Leo também considera que o time dirigido por Abel Ferreira será um adversário mais complicado para o Inter Miami que Porto e Al Ahly, os outros integrantes do Grupo A.

"Acho que vai ser nosso jogo mais difícil. A gente na MLS não está acostumado a enfrentar adversários com tantos jogadores habilidosos", analisou.

Quem é Leo Afonso?

O parceiro brasileiro de Messi tem 23 anos, joga em todas as posições do ataque (embora tenha uma preferência pela ponta esquerda) e vive nos EUA desde o começo da adolescência.

Filho de um dono de restaurantes aqui no Brasil, ele se mudou com a família para a Flórida há uma década. O objetivo do seu pai era oferecer uma "oportunidade de vida melhor" aos filhos. No caso de Leo, isso não significava jogar bola, mas sim estudar em um colégio norte-americano.

Mas o garoto foi dando um jeito de conciliar educação e esporte. Ao mesmo tempo em que estudava e jogava nos times da escola e da high school (equivalente ao ensino médio), começou a frequentar a base de clubes da MLS.

Em 2020, sem conseguir uma promoção de imediato para a elite do futebol norte-americano, decidiu ingressar na faculdade. O atacante passou três anos na Universidade de Virginia até ser draftado no começo do ano passado pelo Inter Miami, um dos times que já havia defendido nas categorias inferiores.

Na primeira temporada como profissional, o brasileiro até que teve alguns momentos de destaque. Mesmo tendo jogado só 15 vezes, conseguiu marcar dois gols e dar uma assistência. Já neste ano, tem recebido menos oportunidades: participou de apenas quatro jogos e passou zerado por todos eles.

Ano ruim

Depois de ser o melhor time da temporada regular da MLS em 2024, feito que lhe valeu a vaga para disputar o Mundial na condição de representante do país-sede, o Inter Miami tem tido um ano bem mais complicado.

A equipe dos veteranos Messi, Jordi Alba, Sergio Busquets e Luis Suárez, todos ex-Barcelona, teve apenas uma vitória em oito partidas entre meados de abril e maio.

A crise até foi contornada nos últimos dias, com goleadas sobre Montréal e Columbus Crew, mais deixou cicatrizes. Uma delas foi a forte declaração de Busquets, que disse que seu time "não está no nível para competir no Mundial".

"Acho que ele falou daquele momento, no calor dos resultados, mas isso é algo que só ele poderia explicar. De fato, a gente não tem como competir contra um Manchester City, por exemplo. Acho que se a gente conseguir passar de fase, já será um grande resultado", disse Leo.

O novo Mundial

A primeira edição da versão turbinada do Mundial de Clubes será disputada entre os dias 14 de junho e 15 de julho, em 12 estádios diferentes dos Estados Unidos, país que também receberá a Copa do Mundo-2026, mas aí com a companhia de Canadá e México na organização.

Diferente do modelo antigo, mais enxuto e que levava a campo apenas o campeão de cada continente, a nova competição da Fifa contará com a participação de 32 times, que descolaram a classificação ao longo de quatro anos, entre 2021 e 2024.

O futebol brasileiro será representado no Mundial por Palmeiras, Flamengo, Fluminense e Botafogo, justamente os quatro últimos vencedores da Copa Libertadores da América.

O primeiro a estrear será o Palmeiras, que enfrentará o Porto, em Nova Jérsei, logo no segundo dia de competição.