7 técnicos estrangeiros livres para substituir Dorival na seleção
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Dorival Júnior ainda é o técnico da seleção brasileira. Mas essa é uma situação que pode mudar nas próximas semanas, dias ou, até mesmo, horas.
A goleada por 4 a 1 aplicada pela Argentina na última terça-feira, a maior derrota da história do futebol pentacampeão mundial nas eliminatórias da Copa, queimou o filme do treinador com o comando da CBF.
Até por isso, a discussão sobre quem será o próximo comandante de Vinícius Júnior, Raphinha, Rodrygo e cia. já está a pleno vapor. E uma das opções que agrada ao presidente Ednaldo Rodrigues é apostar em um estrangeiro para o cargo.
O "Blog do Rafael Reis" apresenta abaixo sete técnicos gringos que estão desimpedidos para assumir de imediato o comando da seleção. Nomes como Carlo Ancelotti, Pep Guardiola, Jorge Jesus não fazem parte dessa relação por estarem empregados.
JOACHIM LÖW
Alemão, 65 anos

É verdade que o campeão da Copa-2014 com a Alemanha não fala português. Mas o idioma não é uma barreira tão grande assim perto das contribuições que Löw poderia dar à seleção. Afinal, será que alguém conhece mais as deficiências do futebol brasileiro do que o homem que foi capaz de aplicar uma goleada por 7 a 1 sobre ele na semifinal de um Mundial? O alemão está com a carreira paralisada desde o fim da Euro-2020, quando encerrou sua trajetória de uma década e meia à frente do time germânico. Mas o hiato na carreira não significa que ele esteja desatualizado. E o convite para trabalhar em um dos pesos pesados do cenário internacional poderia trazê-lo de volta ao jogo.
JÜRGEN KLOPP
Alemão, 57 anos

O alemão que marcou época à frente do Liverpool está oficialmente aposentado da carreira de treinador e hoje trabalha como diretor global do projeto futebolístico da Red Bull. Só que essa função, de menor exigência diária, pode sim ser exercida simultaneamente com a de técnico de alguma seleção, ainda que sejam necessários alguns ajustes de calendário e exista um pequeno risco de conflito de interesses no acúmulo desses dois cargos. E os desafios de reerguer um gigante do porte do Brasil podem ser suficientes para convencer Klopp a rever sua decisão de não voltar mais para a beira dos campos.
ZINÉDINE ZIDANE
Francês, 52 anos

Quando jogador, o antigo camisa 10 da França derrotou o Brasil na final de uma Copa do Mundo (1998) e provocou sua eliminação de outra (2006). Por isso, dirigir a seleção mais vencedora da história no Mundial-2026 poderia dar a Zidane uma chance de ser "perdoado" pelos brasileiros. O francês já mostrou talento no banco de reservas ao conquistar três títulos consecutivos da Liga dos Campeões da Europa com o Real Madrid. Mas, desde que foi embora do Santiago Bernabéu, em 2021, não trabalhou mais. E aí está possivelmente o maior empecilho para contratar Zidane: muita gente acredita que ele só retornará ao futebol quando for para dirigir a seleção francesa, o que pode ocorrer depois da próxima Copa — Didier Deschamps já anunciou que deixará o cargo.
LUÍS CASTRO
Português, 63 anos

Tem a vantagem de já conhecer de perto o futebol brasileiro. O português dirigiu o Botafogo durante um ano e três meses e ocupava a liderança da Série A quando foi embora para atender ao chamado de Cristiano Ronaldo e treinar o compatriota no Al-Nassr. Apesar de não ter conseguido nenhum título relevante na Arábia Saudita, Castro fez um trabalho relevante por lá, tanto que seu sucessor no cargo (Stefano Pioli) tem obtido resultados inferiores ao dele. Nos últimos meses, o nome do português foi sondado por vários clubes brasileiros, mas nenhum conseguiu contratá-lo. Será que com a seleção seria diferente?
XAVI HERNÁNDEZ
Espanhol, 45 anos

De contrato recém-renovado com o Manchester City, Pep Guardiola talvez seja um nome impossível para a CBF neste momento. Mas isso não quer dizer que a seleção não possa ter um treinador adepto do mesmo estilo de jogo do catalão. Xavi tem a mesma origem de Pep (tanto do ponto de vista de região onde nasceu quanto de clube onde floresceu para o futebol) e é sim um herdeiro do ex-volante que o treinou durante quatro temporadas. Ainda que sua passagem como treinador pelo Camp Nou não tenha sido nenhum deslumbre (ganhou uma Supercopa espanhola e uma La Liga em três anos de trabalho), é um nome de peso que poderia dar aquela chacoalhada no Brasil.
MAURIZIO SARRI
Italiano, 66 anos

O temperamental treinador italiano tem alguns feitos bem consideráveis no seu currículo: mudou o Napoli de status dentro do futebol europeu, venceu uma Liga Europa com o Chelsea e deu à Juventus seu último título de Serie A. No entanto, a carreira do já veterano parece ter entrado em declínio desde a mais recente virada de década. Sarri está parado há pouco mais de um ano, desde que encerrou um trabalho de três temporadas na Lazio. Com perspectivas reduzidas no primeiro escalão europeu, chegou a falar que gostaria de trabalhar no Boca Juniors. Ou seja, está aberto para rumos diferentes na carreira.
MASSIMILIANO ALLEGRI
Italiano, 57 anos

É um treinador acostumado a vencer. Na soma das duas passagens pela Juventus (2014 a 2019 e 2021 a 2024), conquistou nada menos que cinco edições do Campeonato Italiano e mais cinco troféus da Copa da Itália. Antes, já havia vencido uma Série A à frente do Milan. O porém número um quanto a Allegri é que ele saiu um tanto quanto queimado do seu último trabalho: perdeu o emprego na Juve depois de empurrar e ameaçar o diretor do jornal "Tuttosport". Além disso, é um profissional que até hoje atuou exclusivamente em um país (Itália). Ou seja, está pouco acostumado com a diversidade de escolas de futebol.
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