Amarelinha? 7 brasileiros que jogam por seleções de base de outros países

Foi assim que o Brasil perdeu lá atrás Thiago Alcântara (Espanha) e Matheus Nunes (Portugal), por exemplo.

Por isso, o "Blog do Rafael Reis" apresenta abaixo sete jovens jogadores com cidadania brasileira que hoje vestem a camisa de seleções de base de outros países e que, daqui a pouco, podem transformar essa decisão em algo definitivo.

ENZO ALVES
Atacante, 15 anos
Real Madrid (ESP), Espanha

O filho do ex-lateral esquerdo Marcelo é tratado como um fenômeno no Real Madrid. Prova disso é que o clube merengue fez questão de manter o garoto em suas categorias de base mesmo depois que o pai resolveu retornar para o Brasil, dois anos atrás. Enzo nasceu na capital espanhola e tem sido convocado para as equipes menores da Fúria desde que tinha 13 anos. Neste momento, está disputando as fases preliminares da Eurocopa sub-17 com a Espanha. E, detalhe, é o único jogador do elenco 'rojo' nascido depois de 2008, ano limite para jogar a competição.

FELLIPE JACK
Zagueiro, 19 anos
Como (ITA), Itália

Contemporâneo de Endrick e Estêvão nas categorias de base do Palmeiras, foi emprestado ao Como por falta de espaço na equipe principal alviverde e, como prêmio, acabou sendo descoberto pela Azzurra. Descendente de italianos pela família materna, Fellipe Jack foi convocado pela primeira vez para uma semana de treinamentos, no mês passado. Como agradou ao treinador da Itália, acabou sendo chamado também para a rodada final das eliminatórias da Euro sub-19.

JOÃO COSTA
Meia-atacante, 19 anos
Al-Ettifaq (ARA), Portugal

O garoto que passou pela base de Palmeira e Corinthians, profissionalizou-se na Roma e agora joga na Arábia Saudita começou sua vida de seleções defendendo Portugal, depois foi convocado pelo Brasil e depois retornou para a equipe lusa -sua última aparição foi na categoria sub-20, em novembro passado. João Costa tem outro irmão jogador profissional que também possui dupla cidadania e está apto a defender tanto o time de Vinícius Jr. quanto a equipe de Cristiano Ronaldo, o zagueiro João Cesco, do Tondela (POR),

RENATO MARIN
Goleiro, 18 anos
Roma (ITA), Itália

Uma das escolas de goleiros mais importantes do futebol mundial em todos os tempos, a Itália teve como dono da sua meta na Euro sub-19 do ano passado um paulistano formado em Cotia, no centro das categorias de base do São Paulo. Renato Marin conseguiu se transferir para a Roma quando tinha 16 anos por ter família de origem italiana e um passaporte europeu. Um semestre depois, já começou a ser convocado pela Azzurra. O goleiro só não está em nenhuma seleção no momento porque está sem jogar no seu clube desde que assinou um pré-contrato com o Paris Saint-Germain.

WILLYAM FERREIRA
Meia-atacante, 16 anos
Philadelphia Union (EUA), Estados Unidos

O adolescente se transformou no mês passado em um dos jogadores mais jovens da história a assinar um contrato profissional com um time da MLS (Major League Soccer). Nascido nos Estados Unidos, mas filho de brasileiros, Willyam Ferreira selou acordo com o Philadelphia Union. Mas, pelo menos por enquanto, está jogando pela equipe B da franquia, que atua em uma liga de desenvolvimento de jovens talentos. O meia-atacante também tem sido chamado pela seleção sub-16 dos EUA e até já vestiu a camisa 10.

OTTO STANGE
Atacante, 18 anos
Hamburgo (ALE), Alemanha

Neto de uma brasileira e batizado como Otto Emerson em homenagem a Emerson Fittipaldi, primeiro piloto do Brasil a se sagrar campeão de F1, o centroavante é uma das principais opções da Alemanha para acabar nos próximos anos com o problema da falta de um "camisa 9" confiável. Stange já tem jogado com frequência e até marcou dois gols pelo time adulto do Hamburgo na segunda divisão germânica na atual temporada. Ele frequenta as convocações da seleção desde a categoria sub-16 e nesta Data Fifa foi titular da formação sub-18 no amistoso contra a Áustria.

PEDRO SOMA
Volante, 18 anos
Barcelona (ESP), Estados Unidos

Um dos principais nomes da safra de juniores norte-americana pode ser "roubado" pela CBF caso seja do seu interesse. Titular do time B do Barcelona, hoje chamado de Barça Atlètic, Soma é natural da Flórida, mas tem mãe brasileira. O volante se mudou para a Espanha quando tinha 12 anos para participar de um intercâmbio estudantil, foi ficando até se estabelecer no futebol local e desembarcou em La Masia no começo da temporada, emprestado pelo Cornellà. Ele tem sido convocado pelas seleções dos EUA desde 2022 e já defendeu o país onde nasceu em cinco categorias diferentes (sub-16, sub-17, sub-18, sub-19 e sub-20, onde está atualmente).