Rafael Reis

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Reportagem

Decepção do Brasil à Áustria: futebol da Red Bull vive seu pior momento

A luta contra o rebaixamento no último Campeonato Brasileiro, a eliminação nas quartas de final do Paulista e os sustos tomados nas duas primeiras rodadas da Copa do Brasil não são fatos isolados para o Red Bull Bragantino.

O momento ruim vivido pelo clube de Bragança Paulista não é muito diferente do experimentado pelos seus coirmãos da Europa: Leipzig e Salzburg.

Em 20 anos de existência, o projeto futebolístico da Red Bull nunca experimentou uma fase de resultados tão negativos. A situação anda ruim aqui no Brasil, lá na Alemanha e até mesmo na Áustria, onde seu time se acostumou a ser campeão "todo ano".

Curiosamente, essa onda negativa coincide com a chegada do prestigiado técnico alemão Jürgen Klopp. O ex-comandante do Liverpool foi contratado em outubro para chefiar o departamento de futebol do grupo. E, desde então, nada mais deu certo.

Aqui no Brasil

Depois de ser vice-campeão da Copa Sul-Americana em 2021 e de conquistar a classificação para a Copa Libertadores da América em 2023, o Bragantino teve um ano de 2024 trágico: chegou a ficar três meses sem vencer uma partida (entre setembro e dezembro) e escapou do rebaixamento no Brasileirão por apenas dois pontos.

A mudança de temporada não trouxe os novos ares que o Red Bull brasileiro desejava. O time teve a segunda pior campanha dentre os classificados para a fase final do Paulista e acabou eliminado pelo Santos já na primeira rodada de mata-matas.

Até mesmo os confrontos contra equipes mais modestas na largada da Copa do Brasil se transformaram em tormento para o técnico Fernando Seabra. O Bragantino precisou da disputa de pênaltis para passar tanto pelo Sousa quanto pelo São José, clubes da quarta e última divisão nacional.

Lá na Europa

Carro-chefe do projeto da Red Bull, o Leipzig terminou as últimas seis temporadas da Bundesliga alemã entre os quatro primeiros colocados e, consequentemente, com vaga na Liga dos Campeões.

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Mas, desta vez, a meta corre sério risco de não ser atingida. Faltando nove rodadas para o término da competição, o time ocupa apenas a sexta posição. Para piorar, ainda está em tendência de queda, já que venceu só um dos seus nove compromissos mais recentes.

O projeto futebolístico da empresa de energéticos está naufragando até mesmo na Áustria, seu berço e onde era hegemônico até pouco tempo atrás.

O Salzburg, que foi 14 vezes campeão nacional nos últimos 20 anos, está no quarto lugar desta temporada e já tem oito pontos de desvantagem para o líder Sturm Graz. Além disso, teve a 34ª campanha entre os 36 participantes da fase de liga da Champions.

Resto do mundo

Os outros dois times principais que têm a Red Bull como acionista majoritário podem até não estar na mesma situação de Bragantino, Leipzig e Salzburg, mas tampouco podem encher o peito e dizer que "estão voando".

O New York Red Bulls até conseguiu ser vice-campeão da última Major League Soccer. Mesmo assim, não conseguiu se classificar para a Liga dos Campeões da Concacaf (que depende do desempenho na temporada regular). Na recém-iniciada edição 2025 da MLS, soma até agora uma vitória, um empate e uma derrota.

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Caçula do grupo e adquirido pela empresa no fim do ano passado, o Omiya Ardija também está em começo de temporada e ganhou seus quatro primeiros jogos no ano. No entanto, o clube está bem distante de ser considerado como uma potência, já que disputa ainda a segunda divisão japonesa.

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