Quanto Flamengo irá receber se Vini Jr. for para Arábia por valor recorde?
A possível venda de Vinícius Jr. para o futebol da Arábia Saudita pelo valor recorde de 1 bilhão de euros (R$ 6 bilhões) pode render ao Flamengo um belo dinheirinho extra nesta reta final da janela de transferências.
Por conta do mecanismo de solidariedade da Fifa, o clube rubro-negro tem direito a 2,5% do valor de qualquer transferência internacional que o atacante brasileiro protagonizar ao longo da carreira.
Isso significa que, caso o Real libere aquele que foi seu principal jogador na conquista da última Liga dos Campeões da Europa para se mudar ao Oriente Médio, a equipe da Gávea receberá 25 milhões de euros (R$ 150,5 milhões).
Maior 'negócio' em 4 anos
Caso Vini Jr. realmente se transfira para o futebol saudita, o dinheiro que entrará na conta do Flamengo será superior ao de todas as vendas feitas pelo clube nos últimos quatro anos.
Classificação e jogos
A última transação fechada pela equipe carioca que lhe rendeu um valor maior que esse foi a ida do meia-atacante Reinier para o Real, em janeiro de 2020, por 30 milhões de euros (R$ 180,6 milhões).
João Gomes, Gerson, Matheus França, Lázaro, Rodrigo Muniz, Vinícius Souza e Natan são exemplos de jogadores que deixaram o Fla nas últimas temporadas em transferências que geraram menos grana do que o time tem a ganhar com uma possível mudança de casa de Vini.
O que é o mecanismo de solidariedade?
Criado pela Fifa no começo dos anos 2000, essa regra é um incentivo para que os clubes invistam na formação de novos jogadores e estipula que até 5% do valor pago por qualquer transferência internacional deve ser repassado para as equipes que contribuíram para o surgimento daquele atleta.
Cada clube envolvido na formação do jogador (entre 12 e 23 anos) pode requerer um valor proporcional ao tempo em que o teve como federado. Do 12º ao 15º aniversário do negociado, cada ano vale 0,25% do total do negócio. A partir do 16º aniversário, essa quantia sobe para 0,5%.
Vini começou a treinar no Flamengo ainda quando era criança e passou toda sua trajetória nas categorias de base no clube até se transferir para o Real, logo depois do seu 18º aniversário. Por isso, a Fifa considera que a equipe brasileira precisa receber 2,5% do valor total das transferências do candidato a melhor jogador do mundo.
Vai rolar?
O astro do Real virou o principal objetivo do Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF), acionista majoritário de Al-Nassr, Al-Hilal, Al-Ahli e Al-Ittihad, para fortalecer seu campeonato nacional e virar o rosto midiático da Copa do Mundo-2034, que será disputada no país.
O governo saudita ainda não apresentou uma proposta oficial pelo jogador, mas sabe que o clube espanhol não está disposto a negociá-lo por menos que sua multa rescisória, no valor de 1 bilhão de euros (R$ 6 bilhões).
Se a Arábia resolver mesmo mergulhar nessa empreitada, Vini Jr. será o jogador mais caro da história do futebol. Desde 2017, esse posto pertence a Neymar, que se transferiu ao Paris Saint-Germain por 222 milhões de euros (R$ 1,3 bilhão).
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