Quem pode jogar pela seleção brasileira no futebol dos Jogos de Paris-2024?

O Brasil embalou. Depois de conquistar a inédita medalha de ouro no futebol na Rio-2016, repetiu a dose para subir ao alto do pódio também em Tóquio-2020. E, daqui a três anos, terá a oportunidade de se transformar na primeira seleção da história a emendar três títulos olímpicos consecutivos.

Mas quem serão os jogadores que defenderão a equipe canarinho em Paris-2024?

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Ainda é cedo para dar uma resposta precisa para essa pergunta. Afinal, boa parte dos atletas nascidos a partir de 1º de janeiro de 2001 (data limite para participação na competição, com exceção das três vagas extras a que cada seleção tem direito) ainda está dando seus primeiros passos no futebol profissional e depende de um processo de amadurecimento ao longo das próximas temporadas.

Mesmo assim, projeções são possíveis. E, por isso, o "Blog do Rafael Reis" apresenta abaixo os nomes mais conhecidos e cotados de cada posição para fazerem parte do elenco da seleção brasileira em uma possível defesa do título olímpico em Paris-2024.

Goleiros

Tradicionalmente, goleiros são os jogadores que mais tempo demoram para receber oportunidades nas equipes adultas. Por isso, o cenário da posição para o próximo ciclo olímpico é bastante nebuloso. Quem larga na frente para vestir a camisa 1 da seleção nos Jogos franceses é Lucão, do Vasco, terceiro goleiro da seleção sub-23 na conquista deste ano. Campeão mundial com o Brasil sub-17 em 2019, Matheus Donelli, do Corinthians, é outro candidato que vem tendo algumas oportunidades como profissional. Também merecem atenção João Paulo, já titular da Chapecoense, e Luiz Júnior, do Famalicão, de Portugal.

Laterais

A briga para ser o dono do lado direito da defesa brasileira na próxima Olimpíada já começou. Também titular do último título mundial sub-17, Yan Couto é o lateral mais credenciado à vaga. Apesar de ter só 19 anos, ele já é jogador do Manchester City e mandou muito bem na segunda divisão espanhola pelo Girona na temporada passada. No cenário nacional, quem desponta como seu principal oponente é Galegari, uma das boas revelações do Fluminense nos últimos anos. O setor tem ainda Heitor e Khellven, já bastante aproveitados por Internacional e Athletico-PR, respectivamente.

Mas o que existe de fartura na direita há de escassez na esquerda. A geração 2001, 2002 e 2003 da posição ainda tem sido pouco utilizada nos seus clubes. Luan Cândido, do Red Bull Bragantino, despontou como grande revelação, mas tem tido dificuldades para se firmar. Patryk, do São Paulo, que foi campeão mundial juvenil, ainda não estreou como profissional. Quem vive momento um pouco melhor é Wellington, também do clube do Morumbi, que parece ter conquistado a confiança de Hernán Crespo para jogar como ala.

Zagueiros

O futuro miolo de zaga da seleção sub-23 já tem pelo menos quatro nomes despontando no cenário nacional (ou até internacional). Morato foi tão bem no time B do Benfica na temporada passada que até foi relacionado para o primeiro jogo da equipe principal nesta edição da Champions. Renan é titular da defesa do Palmeiras, líder do Brasileiro (e também pode quebrar o galho na lateral esquerda). Kaiky também está consolidado entre os 11 do Santos. E Natan encontrou no Red Bull Bragantino o espaço que lhe faltava nos tempos de Flamengo.

Meio-campistas

Reserva bastante utilizado por André Jardine em Tóquio-2020, Reinier tem tudo para continuar sendo convocado pela seleção olímpica e chegar a Paris como peça mais importante do setor. Mas o jogador do Borussia Dortmund tem alguns prováveis futuros companheiros que já estão se destacando em seus clubes e também prometem ser importantes no próximo ciclo do Brasil.

Danilo, campeão da Libertadores pelo Palmeiras, João Gomes (Flamengo), Sandry (Santos), Rodrigo Nestor (São Paulo) e Bruno Praxedes (Red Bull Bragantino) são nomes para as funções mais defensivas do meio-campo, as de primeiro e segundo volante. Já João Peglow (Porto) e Metinho (que pertence aos donos do Manchester City e defende o Troyes, da França) podem brigar por espaço com Reinier na criação das jogadas e aproximação com o ataque.

Atacantes

É o setor mais forte e com cardápio mais farto de alternativas da próxima seleção olímpica. Gabriel Martinelli, do Arsenal, já participou da campanha do ouro no Japão e desponta como um dos líderes técnicos da equipe que pode ir a Paris. Rodrygo, que só não foi a Tóquio porque não foi liberado pelo Real Madrid, é outra certeza (desde que obtenha liberação do seu clube, claro).

A lista conta ainda com vários pontas já de destaque no futebol dos adultos, casos de João Pedro (Watford), Luis Henrique (Olympique de Marselha), Gabriel Veron (Palmeiras), Kayky (Fluminense) e Ângelo (Santos). O posto de centroavante também não deve ser problema, já que há as opções de Kaio Jorge, que está trocando o Santos pela Juventus, Yuri Alberto (Internacional) e Rodrigo Muniz, provável saída do Flamengo para o futebol inglês ainda nesta janela de transferências.