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Rafael Reis

REPORTAGEM

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Aposta para Copa em casa, "geração de ouro" dos EUA invade grandes europeus

Christian Pulisic é uma das estrelas da jovem "geração de ouro" dos EUA - Michael Wade/Icon Sportswire via Getty Images
Christian Pulisic é uma das estrelas da jovem "geração de ouro" dos EUA Imagem: Michael Wade/Icon Sportswire via Getty Images

30/03/2021 04h00

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Christian Pulisic veste a camisa 10 do Chelsea. Sergiño Dest é o titular direito do Barcelona. Weston McKennie não precisou nem de uma temporada inteira para se firmar no meio-campo da Juventus. E Giovanni Reyna é uma das grandes apostas do Borussia Dortmund para os próximos anos.

Depois de não conseguirem se classificar para a última Copa do Mundo, os Estados Unidos têm inúmeras razões para acreditar em um futuro promissor no "soccer". E o melhor: todos esses motivos têm menos de 23 anos.

Com uma nova geração de talentos que chegou cedo aos clubes do primeiro escalão da Europa, os norte-americanos pretendem retornar aos Mundiais e irem muito além do tradicional papel de coadjuvante na edição seguinte da competição.

Em 2026, os EUA sediarão o torneio de futebol mais importante do planeta em uma coorganização tríplice com os vizinhos Canadá e México. E, graças a essa safra que está despontando no cenário global, apostam alto nos objetivos que podem ser atingidos por sua seleção.

Nesta temporada, dez jogadores norte-americanos disputaram ou ainda estão na disputa da Liga dos Campeões da Europa, a principal competição interclubes do planeta. O recorde anterior era de seis.

E a maioria dos destaques dessa nova safra tem uma característica em comum: deixou os EUA ainda durante as categorias de base e, consequentemente, jamais participou da MLS (Major League Soccer).

McKennie ingressou no Schalke 04 pouco antes do 18º aniversário. Pulisic e Reyna desembarcaram na Alemanha quando tinham 16 anos. E Konrad de la Fuente, que já tem ficado no banco em alguns jogos do Barcelona, vive na Espanha desde os 10.

No caso de Dest, os EUA nem fizeram parte de sua formação. O lateral do Barça nasceu na Holanda, foi formado no Ajax e optou por abraçar a pátria do seu pai na hora de escolher qual país iria defender.

Enquanto não inicia a briga pela classificação para a Copa-2022, a seleção norte-americana disputou dois amistosos nesta Data Fifa e venceu ambos: 4 a 1 sobre a Jamaica, na última quinta-feira, e 2 a 1 contra a Irlanda do Norte, domingo.

Os EUA, assim como México, Honduras, Costa Rica e Jamaica, só entram na última fase das eliminatórias da Concacaf, que será disputada a partir de setembro. A entidade que gerencia o futebol do Caribe e das Américas Central e do Norte tem direito a três vagas diretas no próximo Mundial, além de um lugar na repescagem global.

Até o momento, apenas uma das 32 seleções que jogarão a competição já está conhecida: o Qatar, classificado por ser o país-sede.

Devido ao calor que faz durante o verão no Oriente Médio, o torneio não será disputado em junho/julho, como de costume, mas, sim, no fim do ano.

A Copa está marcada para começar no dia 21 de novembro do ano que vem. A final será jogada em 18 de dezembro, no estádio Nacional de Lusail, cidade que está sendo construída para receber a competição.

POSSÍVEL SELEÇÃO DOS EUA PARA 2026: Zack Steffen (Manchester City); Sergiño Dest (Barcelona), Chris Richards (Hoffenheim), Matt Miazga (Anderlecht) e Antonee Robinson (Fulham); Tyler Adams (RB Leipzig) e Weston McKennie (Juventus); Christian Pulisic (Chelsea), Giovanni Reyna (Borussia Dortmund) e Yunus Musah (Valencia); Josh Sargent (Werder Bremen) ou Timothy Weah (Lille)