Topo

Rafael Reis

Quem são os brasileiros que podem ser campeões já no primeiro dia do ano?

Leandro Damião é o brasileiro mais conhecido do Kawasaki Frontale, finalista da Copa do Imperador - Divulgação
Leandro Damião é o brasileiro mais conhecido do Kawasaki Frontale, finalista da Copa do Imperador Imagem: Divulgação

31/12/2020 04h00

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

A partir das 2h40 (de Brasília) da madrugada de amanhã (1º), enquanto os brasileiros estiverem comemorando a chegada de 2021 neste lado do mundo, torcedores japoneses estarão ligados em suas telas de televisão, computador ou celular para acompanhar a definição do primeiro campeão do futebol mundial em 2021.

E pelo menos quatro famílias brasileiras esticarão um pouco o Reveillón para ficarem atentas à partida entre Gamba Osaka e Kawasaki Frontale, que irá decidir a centésima edição da tradicionalíssima Copa do Imperador.

A mais conhecida delas é a de Leandro Damião. O ex-atacante de Santos, Internacional e da seleção brasileira veste a camisa 9 do Frontale, está em sua segunda temporada no Japão e já conquistou três troféus por lá (Copa da Liga, Supercopa e J-League).

Na recém-encerrada campanha que rendeu o título japonês, o centroavante participou de todas as 34 partidas e foi o vice-artilheiro do time, com 13 gols - quatro a mais do que marcou em seu ano de estreia no torneio oriental.

No Frontale, Damião tem dois companheiros brasileiros que, ao contrário dele, não brilharam tanto assim no futebol nacional, mas que também têm levantado taças do outro lado do planeta.

O zagueiro Jesiel, ex-Bragantino e que passou pelo elenco do Atlético-MG, chegou ao Japão junto com o parceiro famoso e também é titular absoluto da equipe. Já o lateral direito Diogo Mateus, que está emprestado pela Ferroviária, só disputou três partidas na temporada e normalmente não é relacionado nem para o banco de reservas.

O adversário do Frontale na decisão de amanhã é bem menos tupiniquim. Dos 35 jogadores que compõem seu elenco profissional na atualidade, apenas um nasceu no país pentacampeão mundial.

Vice-artilheiro da J-League em 2018, quando marcou 20 vezes pelo Sanfrecce Hiroshima, Patric (ex-Vasco, Fortaleza e Atlético-GO) assinou com o Gamba Osaka no meio do ano passado, mas não tem brilhado tanto assim.

O atacante só fez 11 gols na soma de todos os torneios desta temporada, mas se redimiu na semifinal da Copa do Imperador. Na vitória por 2 a 0 sobre o Tokushima Vortis, ele meteu uma bola na rede e deu a assistência para o outro lance que movimentou o placar.

A Copa do Imperador é a mais antiga competição de futebol do Japão. Disputada desde 1921, ela costuma reunir times amadores, colegiais e profissionais em uma longa disputa de mata-matas que dura a temporada toda e termina no primeiro dia do ano.

Nesta edição, devido ao achatamento do calendário provocado pelos meses sem futebol por conta da pandemia da Covid-19, a competição ficou com um tamanho menor. Em vez dos 88 clubes participantes de todos os anos, apenas 52 times entraram na briga pelo título.

Os finalistas Kawasaki Frontale e Gamba Osaka são as duas únicas equipes da primeira divisão que participaram da Copa do Imperador. Eles se classificaram por terem sido campeão e vice do Campeonato Japonês e entraram diretamente nas semifinais.

A maior vencedora da história da Copa do Imperador é a Universidade de Keio, que conquistou nove títulos na era amadora do futebol nipônico e levantou seu último troféu em 1956. Dentre os clubes profissionais, os grandes campeões são Urawa Red Diamonds e Yokohama Marinos, com sete taças cada.

Na temporada passada, o Vissel Kobe, liderado em campo pelo meio-campista espanhol Andrés Iniesta (ex-Barcelona), derrotou o Kashima Antlers e se sagrou campeão pela primeira vez.