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Rafael Reis

7 brasileiros que jogaram a Champions para seu time repatriar em 2021

Taison é um dos principais brasileiros que jogaram a Champions e devem voltara ao Brasil no próximo ano - Reprodução
Taison é um dos principais brasileiros que jogaram a Champions e devem voltara ao Brasil no próximo ano Imagem: Reprodução

10/12/2020 04h00

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A fase de grupos da Liga dos Campeões da Europa chegou ao fim. Depois das tradicionais férias de inverno, a competição será retomada em fevereiro, com a presença dos 16 times ainda na briga pelo título interclubes mais importante do planeta.

Mas essa etapa classificatória da Champions não foi só importante para quem conseguiu avançar às oitavas de final. Ela também serviu como uma valiosa vitrine para jogadores que podem mudar de time na próxima janela de transferências.

O "Blog do Rafael Reis" mostra abaixo sete brasileiros que disputaram a fase de grupos do torneio continental e que poderiam ser repatriados por clubes daqui no próximo ano. Alguns têm condições de chegar já no início da temporada, mas outros ficariam para o segundo semestre.

TAISON
Atacante
31 anos
Shakhtar Donetsk (UCR)

Surpresa da convocação da seleção para a última Copa do Mundo, o atacante está na Ucrânia desde 2010 e é um dos jogadores mais importantes da história do Shakhtar. Com apenas mais seis meses e meio de contrato, o camisa 7 já avisou o clube que não tem nenhuma intenção de renovar vínculo e permanecer no Leste Europeu. A tendência é que Taison retorne ao futebol brasileiro em 2021, se não no começo, mas no meio do ano. O Internacional, clube onde ele iniciou a carreira e que o tem como torcedor, é favoritaço para contratar esse reforço de peso. Mas a saída do técnico Eduardo Coudet, com quem o atacante vinha conversando sobre essa "volta para a casa", abriu espaço para outras equipes entrarem na briga.

FELIPE ANDERSON
Meia-atacante
27 anos
Porto (POR)

Felipe Anderson - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

O jogador revelado pelo Santos é hoje uma das melhores opções de brasileiros que estão "dando sopa" no mercado internacional. Até pouco tempo atrás, era impossível imaginar um retorno imediato de Felipe Anderson ao país. Afinal, o jogador era destaque no West Ham e frequentemente tinha seu nome ligado a possíveis transferências para clubes mais poderosos da Inglaterra. Mas o futebol é dinâmico. O meia-atacante perdeu desempenho em Londres, foi para o banco e, nesta temporada, acabou emprestado ao Porto. Só que os primeiros meses do brasileiro em Portugal têm sido desastrosos. O camisa 28 ganhou um lugar fixo entre os reservas e só participou de três jogos. Por isso, é um nome que merece ser monitorado pelos clubes daqui.

DOUGLAS SANTOS
Lateral esquerdo
26 anos
Zenit São Petersburgo (RUS)

Douglas Santos (Zenit) - Gerry Images - Gerry Images
Imagem: Gerry Images

Medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio-2016, o ex-jogador do Atlético-MG é titular absoluto do Zenit e participou de cinco das seis partidas da equipe russa na fase de grupos da Champions. Mas, apesar do sucesso que tem feito na Europa, Douglas Santos tem um bom motivo para retornar a seu país-natal: entrar na briga por uma vaga na seleção principal. Atuando aqui no Brasil por um time de alto de tabela (os únicos que teriam condições financeiras de tirá-lo da Rússia), ele provavelmente seria mais bem observado por Tite, o que poderia lhe render uma oportunidade com a camisa amarelinha.

ANDRÉ RAMALHO
Zagueiro
28 anos
Red Bull Salzburg (AUT)

André Ramalho - Stuart Franklin/Bongarts/Getty Images - Stuart Franklin/Bongarts/Getty Images
Imagem: Stuart Franklin/Bongarts/Getty Images

Ter qualidade de passe para facilitar a saída de bola de pé em pé tem sido uma característica cada vez mais exigida dos zagueiros no futebol brasileiro. E os técnicos que desejam reforçar seus elencos com defensores acostumados a esse estilo de jogo podem ter uma grata surpresa se olharem para a Áustria. André Ramalho foi iniciado na "escola Red Bull" quando tinha 17 anos e passou praticamente toda a sua carreira abdicando dos bicões para dar passes curtos. Na Europa desde 2011, o zagueiro já atuou no Bayer Leverkusen e está acostumado a enfrentar atacantes de ponta do cenário internacional. Só nesta temporada da Champions, ele teve de marcar astros do quilate de Robert Lewandowski, Luis Suárez e João Félix.

EVANDER
Meia
22 anos
Midtjylland (DIN)

Evander - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

Ex-camisa 10 de seleções brasileiras de base, o meio-campista revelado pelo Vasco trilhou um incomum caminho que o levou à Dinamarca e classificou o Midtjylland pela primeira vez para a fase de grupos da Liga dos Campeões. Mas, quando a Champions chegou, ele perdeu espaço para os reforços contratados para a disputa da competição e foi parar no banco. Com a eliminação dos escandinavos e sem tantas perspectivas assim em seu clube, talvez tenha chegado a hora de Evander voltar ao Brasil. Como atua em um mercado periférico da Europa, contratá-lo não será tão caro assim.

WANDERSON
Meia-atacante
26 anos
Krasnodar (RUS)

Wanderson (Krasnodar) - Sergey Pivovarov/Reuters - Sergey Pivovarov/Reuters
Imagem: Sergey Pivovarov/Reuters

Apesar de ter nascido em São Luís, capital do Maranhão, o camisa 10 do Krasnodar jamais atuou no Brasil. Wanderson ingressou nas categorias de base do Ajax quando tinha 12 anos, profissionalizou-se na Bélgica, jogou durante uma temporada na Espanha (Getafe) e teve uma passagem pela Áustria (Red Bull Salzburg) até desembarcar na Rússia em 2017. Atualmente, é um dos jogadores mais importantes do Krasnodar e acabou de disputar a primeira Liga dos Campeões de sua carreira. Em circunstâncias normais, seria difícil convencê-lo a se transferir para o Brasil. Mas a possibilidade de jogar em casa pela primeira vez na carreira pode ser um atrativo para transformar essa ideia em realidade.

MURILO
Zagueiro
23 anos
Lokomotiv Moscou (RUS)

Murilo Cerqueira - Epsilon/Getty Images - Epsilon/Getty Images
Imagem: Epsilon/Getty Images

Cria das categorias de base do Cruzeiro, foi negociado com o Lokomotiv Moscou no ano passado e é titular absoluto da equipe russa. Com ótimo prognóstico para o futuro, já que tem aparecido até em convocações da seleção olímpica, Murilo corre risco de ficar "preso" no futebol do Leste Europeu, que raramente negocia seus valores para clubes de países mais relevantes no cenário internacional, como Espanha, Itália e Inglaterra. Por isso, voltar ao Brasil, ainda que não seja o caminho mais óbvio, pode ser um investimento interessante para a sequência de sua carreira.