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Rafael Reis

Por onde andam os craques das Copas do Mundo das décadas de 1980 e 1990?

Ronaldo vibra após marcar pela seleção contra o Chile, pela Copa do Mundo de 1998 - Ormuzd Alves/Folha Imagem
Ronaldo vibra após marcar pela seleção contra o Chile, pela Copa do Mundo de 1998 Imagem: Ormuzd Alves/Folha Imagem

06/04/2020 04h00

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Ser eleito o melhor jogador de uma Copa do Mundo, a competição mais importante do calendário quadrienal do futebol, é um feito enorme para a carreira de um atleta e algo que vários dos maiores nomes da história da modalidade jamais conseguiram.

Mas será que você se lembra de todo mundo que venceu a Bola de Ouro dos Mundiais disputados nas décadas de 1980 e 1990? E, melhor ainda, o que será que cada um deles anda fazendo da vida atualmente?

O "Blog do Rafael Reis" mostra abaixo os paradeiros dos craques das últimas cinco edições da Copa do Mundo disputadas no século passado. A maioria deles saiu da competição em que foi eleito também com o troféu de campeão mundial.

PAOLO ROSSI
Ex-atacante
63 anos
Italiano
Melhor da Copa-1982

Paolo Rossi - Arquivo/Folha Imagem - Arquivo/Folha Imagem
Imagem: Arquivo/Folha Imagem

Algoz do Brasil na Copa do Mundo de 1982, Paolo Rossi não marcou apenas os três gols que eliminaram a seleção de Telê Santana. No total, o centroavante meteu seis bolas nas sedes e uma delas, inclusive, abriu o caminho para a vitória da Itália sobre a Alemanha Ocidental na decisão. Apesar do sucesso dentro dos campos, o centroavante decidiu não trabalhar com futebol depois do término de sua carreira. Rossi até fez alguns frilas como comentarista na Itália, mas ganha a vida como proprietário de um hotel na Toscana. O ex-atacante também é embaixador das Nações Unidas e participou da sétima temporada da versão italiana da "Dança dos Famosos".

DIEGO MARADONA
Ex-meia-atacante
59 anos
Argentino
Melhor da Copa-1986

Poucas vezes uma edição de Mundial teve um dono tão evidente quanto em 1986. Naquele ano, Maradona fez gols de tudo quanto é jeito (até de mão) para ajudar a Argentina a conquistar o bi. Dono de uma carreira polêmica, com uso de drogas e idolatria por onde passou, Don Diego é até hoje uma das maiores figuras do futebol e continua tendo sua vida seguida de perto por milhões de pessoas do mundo todo. Maradona tem uma carreira sazonal de técnico e até já comandou a Argentina em uma Copa (2010). Atualmente, dirige o Gimnasia La Plata e é presidente honorário de um time em Belarus, o Dínamo Brest.

TOTO SCHILLACI
Ex-atacante
55 anos
Italiano
Melhor da Copa-1990

Toto Schillaci - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

Maior zebra da premiação de craque da Copa nas últimas décadas, o então atacante da Juventus entrou no Mundial-1990 como reserva da seleção italiana e terminou a competição consagrado como ídolo de nação. Só que rapidamente, a carreira de Schillaci voltou ao normal. Depois da Copa, ele só anotou mais um gol pela Azzurra e logo caiu no esquecimento. Em 1994, mudou-se para o Japão para ser um dos precursores do futebol profissional no país e acabou se aposentando por lá. Hoje em dia, administra uma escolinha em sua cidade natal, Palermo, e participa de programas esportivos na televisão.

ROMÁRIO
Ex-atacante
54 anos
Brasileiro
Melhor da Copa-1994

Assim como aconteceu com Maradona em 1986, levou a fama de ter ganho a Copa do Mundo "sozinho" (o que não é verdade, claro). Mas as boas atuações nos Estados Unidos fizeram Romário ser campeão e o craque da competição, assim como o credenciaram ao posto de melhor do planeta em 1994. Um dos grandes da história recente do futebol, o Baixinho jogou profissionalmente até os 42 anos, mas não voltou a disputar o Mundial depois daquele em que se consagrou. Após ingressar na carreira política, Romário cumpre atualmente seu primeiro mandato como senador pelo Rio de Janeiro. Em 2018, ele disputou as eleições para o governo estadual, mas ficou apenas na quarta posição.

RONALDO
Ex-atacante
43 anos
Brasileiro
Melhor da Copa-1998

Ao ser eleito o craque da Copa da França, Ronaldo inaugurou um triste estigma: nunca mais o prêmio de melhor da competição foi para as mãos de algum jogador da equipe campeã. Em 1998, após passar mal no dia da final, o Fenômeno foi derrotado pela seleção anfitriã e teve de se contentar com o vice. Nove anos depois de se aposentar dos gramados, o ex-atacante de Barcelona, Real Madrid, Inter de Milão e Milan, entre outros, ainda continua com seu nome fortemente vinculado ao mundo do futebol. Depois de ter sido dono de uma agência de marketing esportivo e ter trabalhado durante anos como comentarista da TV Globo em jogos da seleção, ele atualmente é o acionista majoritário do Valladolid, time da parte de baixo da tabela da do Campeonato Espanhol.