Corinthians: inquérito sobre comissão em contrato é prorrogado por 90 dias

O inquérito policial sobre desdobramentos do pagamento de comissão pela intermediação do contrato de patrocínio entre Corinthians e Vai de Bet foi prorrogado por mais 90 dias. A prorrogação foi concedida na última segunda (3).
A extensão do prazo havia sido pedida pelo delegado Tiago Fernando Correia, da 3ª Delegacia do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC).
O inquérito foi instaurado em 7 de junho e já havia sido prorrogado. Um dos motivos para isso foi a demora na entrega de dados a respeito de movimentações financeiras por parte de bancos.
Com a extensão de prazo definida, a polícia marcará novos depoimentos. Entre os próximos a serem ouvidos como testemunhas está Osmar Stabile, primeiro vice-presidente do Corinthians. O presidente Augusto Melo deve ser um dos últimos a depor.
O caso começou a ser investigado após a coluna de Juca Kfouri no UOL mostrar que, depois de receber R$ 1,4 milhão do Corinthians, a Rede Social Media Design, apontada como intermediadora do contrato entre o clube e a Vai de Bet, transferiu cerca de R$ 1 milhão para a Neoway Soluções Integradas. Para a polícia, a Neoway é uma empresa de fachada.
Lavagem de capitais, falsidade ideológica, furto qualificado, apropriação indébita e corrupção privada no esporte estão entre os possíveis crimes investigados. O Corinthians é tratado como vítima na investigação.
A Polícia Civil e o Ministério Público trabalham com a suspeita de que, na prática, não teria havido intermediação do contrato. Melo nega irregularidades.
A Vai de Bet rescindiu unilateralmente o contrato usando o escândalo policial como justificativa.
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