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ReportagemEsporte

Corinthians: empresa levada por Vai de Bet volta a usar camarote polêmico

Em dezembro do ano passado, a coluna revelou o polêmico caso do camarote 503 da Neo Química Arena. O espaço está mergulhado numa história que envolve Corinthians, Vai de Bet, uma empresa de intermediação, um acordo feito sem contrato e inadimplência.

Depois de ficar sem utilizar a área por apenas um jogo, Corinthians x Bahia, o último do Alvinegro em casa no Brasileirão de 2024, a GCS Intermediação de Negócios Consultoria Veicular e Alimentícia acessou o espaço em 2025.

Isso aconteceu em todas as partidas do Corinthians em Itaquera pelo Paulistão até aqui, conforme apurou a coluna. Os jogos foram contra Velo Clube, Água Santa e Noroeste.

Na ocasião em que a empresa não utilizou o camarote, uma fonte no Corinthians havia dito que o espaço não seria utilizado até que a empresa pagasse aluguéis atrasados. Também faltava a assinatura de um contrato.

Como mostrou a coluna, em 2024, apesar de o departamento jurídico e a área de compliance do clube alertarem para os riscos financeiros trazidos, a cessão do camarote foi feita.

E-mails obtidos pela coluna indicam que, antes de rescindir unilateralmente seu contrato de patrocínio com o Corinthians, em junho do ano passado, a Vai de Bet negociou o aluguel de um camarote para que ele fosse usado pela GCS. Inicialmente, o valor seria inferior ao de tabela, mas o preço subiu.

A negociação foi analisada pelo departamento jurídico do clube, que estranhou a triangulação. O Corinthians alugaria o espaço para a GCS, mas quem pagaria seria a Vai de Bet.

Em maio, por e-mail, o departamento jurídico alertou Sérgio Moura e mais um funcionário da agremiação de que havia risco de o clube não receber se alugasse o camarote nos moldes propostos.

O contrato acabou não sendo assinado, mas o espaço foi usado pela GCS até quase o final do Brasileirão.

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Moura era superintendente de marketing do Corinthians e pediu afastamento depois de a intermediação do contrato de patrocínio entre o Alvinegro e a Vai de Bet virar alvo de investigação policial.

Outro lado

A coluna procurou o departamento de comunicação do Corinthians para saber o que levou o camarote a ser liberado para a GCS novamente, mas não obteve resposta até a conclusão deste post. O primeiro questionamento foi feito no último dia 28.

Na última terça (4) foi enviado email para Guilherme de Carvalho da Silva, dono da GCS. As perguntas não foram respondidas. O espaço segue aberto para manifestações das partes.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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