Polícia marca depoimentos de membros de ex-patrocinadora do Corinthians

Os depoimentos deveriam ter acontecido no final de novembro, mas foram adiados a pedido da dupla.

Os representantes da empresa podem ajudar a polícia a esclarecer o papel de Alex Cassundé na intermediação do contrato com o Alvinegro. Ele é dono da Rede Social Media Design, que receberia R$ 25,2 milhões pela operação.

Em seu depoimento, Cassundé disse que fez o contato inicial com a Vai de Bet, não participou das negociações e que, inicialmente, não pediu comissão.

A Polícia investiga possível lavagem de dinheiro, entre outros eventuais crimes.

O inquérito foi instaurado pelo delegado Tiago Fernando Correia, depois de reportagem de Juca Kfouri, colunista do UOL.

A publicação mostrou que, após receber R$ 1,4 milhão de comissão do Corinthians, a Rede Social fez transferências para a Neoway, registrada em nome de Edna Oliveira dos Santos.

Ela desconhecia ser a dona da empresa, que é de fachada, segundo investigação policial.

O empresário afirmou que transferiu dinheiro para a Neoway com o objetivo de pagar pela implantação de um sistema de teleconsulta veterinária, mas que o serviço nunca foi prestado. Ou seja, ele teria caído num golpe.

Cassundé prestou depoimento como investigado no caso. Por sua vez, o Corinthians é tratado como vítima na investigação. O presidente do clube, Augusto Melo, ainda vai ser chamado para prestar depoimento.