Desperdício do talento de Garro marca campanha do Corinthians no Brasileiro
O desperdício do talento de Rodrigo Garro marca a trajetória desastrosa do Corinthians no Brasileirão.
O meia argentino é uma ilha de talento e inteligência tática cercada por um mar de falta de qualidade e de visão de jogo.
Chega a dar aflição no torcedor corintiano ver Garro dando passes açucarados para companheiros que se enrolam com a bola.
O argentino também enxerga o espaço e sabe onde colocar a bola, mas muitas vezes seus companheiros não entendem a jogada e não se posicionam no lugar certo para receber o passe.
Essa falta de sintonia se repetiu no empate em um gol com o Bragantino, na Neo Química Arena, no último sábado (10).
Segundo o Footstats, Garro acertou seis de 10 lançamentos, fez três viradas de jogo certas e uma errada e deu duas assistências para finalizações, mas elas não se transformaram em gols.
O Red Bull não teve dificuldade para identificar quem merecia atenção especial no Corinthians e caçou o argentino. Ele foi o corintiano que mais sofreu faltas: 8.
A fala de Emiliano, auxiliar e filho do técnico Ramón Díaz, após o empate com o time de Bragança Paulista, indica que a comissão técnica percebe o sofrimento do meio-campista por não ter companheiros que "dialoguem" com ele.
"Trazendo gente que faça gol, o Corinthians vai subir para outro patamar", afirmou o assistente do treinador corintiano.
Emiliano e Ramón melhoraram o posicionamento de Garro, que ficava mais longe da área adversária nos tempos de António Oliveira.
A mudança funcionou, mas deixou mais claro como faltam companheiros que entendam os movimentos do argentino e tenham qualidade para aproveitar seus passes.
Em tese, o reserva Coronado é quem mais se aproxima disso, mas ele ainda não decolou com a camisa alvinegra.
Nessa toada, enquanto a comissão técnica espera a contratação de um parceiro à altura do refinado futebol de Garro, o Corinthians parece estar pagando a prazo uma passagem para a Série B do Brasileirão.
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