Quarteto é boa ideia de Diniz para seleção, mas tempo curto é desafio

Durante a preparação para a partida desta quinta (16), contra a Colômbia, Fernando Diniz apresentou uma boa ideia de jogo para a seleção brasileira na parte aberta do treino da última terça. O problema é o escasso tempo que o treinador terá para fazer o projeto engrenar. Isso porque o plano da CBF é contar com Carlo Ancelotti a partir da próxima Copa América, que acontece entre junho e julho do ano que vem.
Diniz testou o ataque com Raphinha, Rodrygo, Vinicius Junior e Martinelli para enfrentar os colombianos fora de casa pelas Eliminatórias da Copa de 2026. Pelos menos em tese, o quarteto assegura força ofensiva ao Brasil. Com velocidade e constante movimentação, essa formação ofensiva tem potencial para desorientar a defesa adversária.
O plano é bom não só para o jogo contra a Colômbia. Bem treinado, o ataque com quatro jogadores pode fazer a seleção atuar de maneira envolvente e dinâmica, com ou sem Neymar, que está contundido.
Mas fazer a equipe chegar a um alto nível de rendimento com uma maneira diferente de jogar não é simples.
O fato de Rodrygo e Vini atuarem juntos no Real Madrid facilita. Porém, é preciso entrosamento entre os quatro atacantes para que os movimentos sejam coordenados, o que dificilmente ocorrerá de forma instantânea.
A atuação do quarteto sem a bola também precisa ser muito bem treinada. O mesmo vale para o encaixe dos meio-campistas (provavelmente André e Bruno Guimarães contra a Colômbia) com os jogadores ofensivos.
Diniz demonstrará, mais uma vez, ter personalidade se essa escalação se confirmar. Será uma confirmação de que o técnico confia em seu taco. Mas sua confiança não é capaz de acelerar o processo de adaptação do time à nova forma de jogar.
Mesmo que o plano de jogo funcione diante da Colômbia, o ideal é que os jogadores tenham mais tempo para se acostumar com ele, se a ideia for fazer o Brasil jogar mais vezes assim.
O desafio de Diniz é consolidar essa e outras ideias antes do prazo previsto pela Confederação Brasileira para a chegada de Ancelotti. Não é uma tarefa fácil.
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