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Perrone: Verdão saiu do Mineirão mais favorito na Liberta e mais imperfeito

Danilo comemora com Gabriel Menino segundo gol do Palmeiras contra o Atlético-MG, pela Libertadores - Alessandra Torres/AGIF
Danilo comemora com Gabriel Menino segundo gol do Palmeiras contra o Atlético-MG, pela Libertadores Imagem: Alessandra Torres/AGIF

04/08/2022 15h34

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Para este colunista, o Palmeiras saiu do empate em dois gols com o Atlético-MG, nesta quarta (3), mais favorito para vencer a Libertadores do que quando entrou no Mineirão.
Porém, o time de Abel Ferreira, também terminou a partida deixando a impressão de que é mais imperfeito do que parecia antes.
O favoritismo aumentou porque o Alviverde demonstrou impressionante força ao sair de uma desvantagem de dois gols para buscar o empate fora de casa contra um time forte.
Mas as imperfeições palmeirenses foram expostas pelo Galo com o 2 a 0 parcial.
O time de Cuca mostrou que é possível empurrar o Palmeiras para defesa e criar dificuldades para seu sólido sistema defensivo.
Isso foi feito com mobilidade, velocidade e tabelas. Jair e Keno, principalmente, mostraram como é possível desestabilizar a defesa palmeirense. Marcos Rocha, por exemplo, teve muita dificuldade nas jogadas mais rápidas.
No primeiro tempo, o Galo conseguiu fazer 14 finalizações (apenas 4 certas), segundo o site Footstats.
Isso foi possível porque os atleticanos ganharam a batalha no meio de campo e avançaram com rapidez.
Com o Palmeiras ocupado em se defender, o melhor ataque da Libertadores (agora com 35 gols) só finalizou uma vez na etapa inicial.
Depois de abrir o placar aos 45 minutos da primeira etapa, o Galo fez 2 a 0 logo aos 2 minutos do segundo tempo.
Sem que a equipe de Cuca conseguisse fazer o terceiro gol para matar a partida, o Palmeiras mostrou conhecidas armas que justificam seu favoritismo na competição.
A nada simples combinação de frieza, eficiência, técnica entrosamento e fôlego levou o time Alviverde ao empate.
Mesmo com com dois gols de desvantagem, o Palmeiras não tremeu num estádio hostil e diante de um adversário potente.
A confiança em seu jogo ajudou o time de Abel a ter força mental. Os jogadores sabiam que tinham trunfos para chegar ao empate. Dois deles eram a eficiência e a jogada de bola parada.
O primeiro gol saiu a partir de cobrança de falta. O segundo aconteceu após cobrança de escanteio, aos 46 minutos.
A equipe paulista não teria alcançado o empate se não aproveitasse tão bem as oportunidades que cria.
O Palmeiras terminou a partida com nove finalizações, quatro certas. Metade dos arremates no alvo se transformou em gol.
Por sua vez, o Galo fez 21 finalizações e acertou apenas uma a mais do que o adversário.
Vejo o Palmeiras ainda mais favorito também porque não enxergo um concorrente com tantas qualidades como as que o Verdão mostrou numa partida tão difícil.
No entanto, de maneira contraditória, aumentou a sensação de que dá para vencer o Alviverde, até aqui invicto na Libertadores.