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Leila na presidência é motivo de otimismo para o Palmeiras, diz balanço

Leila Pereira, presidente e patrocinadora  do Palmeiras - Flickr - Fabio Menotti/Palmeiras
Leila Pereira, presidente e patrocinadora do Palmeiras Imagem: Flickr - Fabio Menotti/Palmeiras

29/04/2022 04h00

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Ter Leila Pereira na presidência do Palmeiras é motivo de otimismo para o clube. Isso é o que está escrito nas demonstrações financeiras palmeirenses referentes a 2021.

O documento traz uma "mensagem da administração" contextualizando o balanço. No final dela, foram feitos elogios para a presidente.

"Encerramos este ano de 2021 ainda mais otimistas quanto à sequência deste ciclo virtuoso, pois no dia 16 de dezembro de 2021 foi empossada como presidente da 'SEP', para gestão 2022 a 2024, a Sra. Leila Pereira, empresária experiente e de sucesso, o que nos proporciona a expectativa de atingir níveis ainda mais elevados em todas as frentes. Não foi por acaso, não foi obra de poucos, não é o limite. Somente o nosso futuro poderá ser ainda mais brilhante que o nosso passado", diz a mensagem.

As contas são relativas ao último ano do mandato de Maurício Galiotte, mas o documento foi concluído já com a Leila na presidência.

No final do balanço, seu nome é o primeiro que aparece entre vários dirigentes, abaixo da denominação "gestão".

Internamente, há quem entenda a menção a Leila como uma necessária mensagem de confiança numa melhoria constante durante um momento de transição.

Na contramão do comentário com jeito de autoelogio, Leila começou sua administração sob fortes críticas de torcedores, principalmente nas redes sociais.

Demissões feitas por ela no clube, a não contratação de um atacante renomado e a presença do jornalista Olivério Júnior na liderança do departamento de comunicação motivaram a maior parte das críticas. Apontado como corintiano por seus detratores, Olivério deixou o cargo.

O balanço de 2021 também detalha a dívida do Palmeiras com a Crefisa, patrocinadora que emprestou dinheiro ao clube e é presidida por Leila.

O débito que era contabilizado na rubrica empréstimos e financiamentos foi registrado em partes relacionadas.

"Em função da posse da nova gestão do clube, ocorrida em dezembro de 2021, os saldos de empréstimos mantidos com sua patrocinadora master, Crefisa S/A - Crédito, Financiamento e Investimentos, foram reclassificados para a rubrica de Partes Relacionadas", diz a explicação apresentada nas demonstrações financeiras.

A mudança é uma formalidade contábil usada para registrar que a parte citada está relacionada à entidade que apresenta seu balanço.

Em 31 de dezembro de 2021, o Palmeiras devia cerca de R$ 119 milhões para a empresa da presidente. No final de 2020, o débito era de aproximadamente R$ 161 milhões.

Por contrato o Palmeiras paga a dívida conforme vende jogadores atrelados ao empréstimo. Se o compromisso do atleta com a agremiação termina e ele não é negociado, o clube tem até dois anos para pagar a quantia referente ao jogador. Isso vale também para o caso de a receita gerada pela negociação não ser suficiente para quitar o débito. Os jogadores envolvidos têm contratos terminando em 2022 e em 2023.

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