Presidente do conselho acolhe recurso por inelegibilidade de Andrés

Alexandre Husni, presidente do Conselho Deliberativo (CD) do Corinthians, acolheu recurso da oposição alvinegra. A medida é contra arquivamento de pedido que visa tornar Andrés Sanchez inelegível no clube por dez anos. O caso tinha sido arquivado pela Comissão de Ética e Disciplina do CD.

Em despacho assinado na última terça (17), Husni deu dez dias para o ex-presidente responder aos argumentos usados no recurso.

A oposição pede que uma assembleia de sócios decida se Sanchez deve ficar inelegível por dez anos.

A tendência é que, depois de Sanchez se manifestar, Husni encaminhe o caso para os conselheiros votarem se a decisão de arquivamento deve ser mantida ou não.

Há diferentes entendimentos sobre o que aconteceria a partir desse ponto. A oposição avalia que seja qual for a decisão do CD, a palavra final sobre a possibilidade de Andrés ficar inelegível deve ser dos associados.

A partir da reprovação das contas de 2019, durante o último mandato de Andrés, conselheiros oposicionistas pediram a realização da assembleia para os sócios definirem se Andrés deve ser punido com a inelegibilidade durante dez anos. Seria uma punição por alegada prática de gestão temerária ou irregular. Sanchez rejeita acusação.

Porém, a Comissão de Ética e Disciplina arquivou a representação feita por diferentes correntes da oposição.

O fato de Husni ter acolhido o recurso é positivo para os oposicionistas já que ele poderia ter rejeitado o pedido.

"Não se trata de vitória ou derrota. Até aqui, o presidente do conselho está demonstrando independência e está respeitando rigorosamente o estatuto do clube e a lei relativa ao Profut", afirmou Romeu Tuma Júnior, um dos autores da representação.