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Justiça decreta prisão preventiva de corintiano por briga com palmeirenses

Torcedores de Corinthians e Palmeiras entram em confronto na zona sul de São Paulo após Dérbi de 3 de março - Reprodução
Torcedores de Corinthians e Palmeiras entram em confronto na zona sul de São Paulo após Dérbi de 3 de março Imagem: Reprodução

05/03/2021 20h05

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O único torcedor preso por conta da briga entre palmeirenses e corintianos na última quarta (3) teve a sua prisão em flagrante convertida em preventiva nesta sexta. A defesa tentava sua soltura.

A briga aconteceu na região do Jardim São Luiz, na capital paulista, pouco depois do empate em dois gols entre os dois times pelo Paulistão. Um torcedor foi baleado na confusão.

O corintiano Francarlos das Neves da Silva foi preso após carro usado por ele e que pertence à empresa para qual trabalha ter sido encontrado com barras de ferro depois de ter sido visto perto do local da briga. Ele é acusado de homicídio tentado, lesão corporal e por promover tumulto.

Sua defesa alega inocência. Segundo, o advogado do suspeito, Renan Bohus da Costa, ele recebeu as barras de ferro de outros torcedores e aceitou colocá-las no veículo porque havia uma informação de que palmeirenses fariam uma emboscada contra eles. Ou seja, as barras foram juntadas para que eles pudessem se defender, de acordo com o advogado.

O defensor entende que houve erro na prisão em flagrante porque ela foi feita um dia depois da briga, segundo sua versão. Ele ingressará com pedido de habeas corpus para tentar o relaxamento da prisão em flagrante e tentará a concessão de liberdade provisória.

Pelo menos um dos palmeirenses feridos no confronto disse que o ataque partiu dos corintianos.

Em sua decisão, a juíza Thais Fortunato Bim destacou a gravidade do delito.

"Não obstante, as circunstâncias judiciais são desfavoráveis, considerando a gravidade do delito, praticado com emprego de barras de ferro, objeto de alto poder vulnerante, mediante recurso que dificultou a defesa dos ofendidos, sendo que ao menos três vítimas foram lesionadas na cabeça, enquanto uma das vítimas foi alvejada por um disparo de arma de fogo na região da barriga, também um objeto de alto poder vulnerante, por motivo torpe, consistente em rivalidade derivada de torcida esportiva", escreveu a magistrada.