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Opinião: não escalar Gabigol e Pedro juntos pode custar emprego de Ceni

Gabigol e Pedro, atacantes do Flamengo, durante final da Taça Guanabara, contra o Boavista - Alexandre Vidal & Paula Reis / Flamengo
Gabigol e Pedro, atacantes do Flamengo, durante final da Taça Guanabara, contra o Boavista Imagem: Alexandre Vidal & Paula Reis / Flamengo

08/02/2021 15h01

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É obrigação de um treinador explorar ao máximo o potencial de todos os seus jogadores. O fato de o Flamengo ter o seu artilheiro no Brasileirão no banco mostra que Rogério Ceni deixa a desejar nesse quesito.

Ninguém balançou mais as redes pelo rubro-negro no Nacional do que Pedro. Ele foi para o abraço 13 vezes.

O goleador, porém, virou vítima ideia de Ceni de que ele e Gabigol não podem jogar juntos.

No último domingo (7), Pedro entrou aos 41 minutos do segundo tempo contra o Red Bull Bragantino sem que Gabigol saísse de campo. Não deu tempo de evitar o empate, o que era fundamental para a briga do Fla pelo título nacional.

Recentemente, Ceni disse que o time não treinou o suficiente com os dois em campo para iniciar as partidas com eles. Seria um risco para a equipe começar os jogos com a dupla.

Rogério não percebe que desperdiçar o talento de Pedro quando a equipe precisa de gols é um risco para seu próprio emprego.

Nada justifica ele não treinar mais com a dupla, se esse é o problema.

Gabigol já mostrou que não é um transtorno para ele se movimentar e aparecer pelo lado do ataque. A troca de posições entre os jogadores ofensivos foi um dos pontos altos do Flamengo de Jorge Jesus.

Para ter Pedro, o Flamengo se comprometeu a pagar, em valores da época, cerca de R$ 87 milhões. Certamente, não é agradável para a diretoria ver um jogador que custou tão caro e que é quem mais marcou gols pelo clube no Brasileiro ficar no banco.

Bater na tecla de que é arriscado jogar 90 minutos com Gabigol e Pedro é o mesmo que Ceni assinar um atestado de limitação.

Cabe a ele encontrar soluções para que o time tenha o maior poder de fogo possível sem ficar desprotegido na defesa.

É tarefa dele dar mais opções de jogo à equipe. Se ele acredita que os dois não conseguem jogar juntos de maneira coordenada, o mínimo que se espera do técnico é que trabalhe para melhorar isso.

Rogério parece não notar o quanto depõem contra ele a aparente falta de esforço pela dupla Gbigol/Pedro. Não defendo a demissão de Ceni ao final do Brasileirão. Porém, acredito que a falta de habilidade dele para aproveitar Pedro e Gabigol juntos pode pesar contra sua permanência.

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