Por que o São Paulo precisa entrevistar dez técnicos antes de contratar?

O São Paulo precisa entrevistar uns dez treinadores para escolher um porque não sabe o que quer? A diretoria está perdida?

É natural que questionamentos como esses sejam feitos diante da informação, confirmada pelo blog, de que o clube do Morumbi decidiu entrevistar cerca de dez técnicos para escolher o substituto de Fernando Diniz.

Este blogueiro questionou dois membros da diretoria tricolor sobre se, de fato, a direção ainda não sabe qual o perfil desejado para o cargo.

Ambos refutam a tese de que a diretoria está perdida. A explicação é de que a direção acredita que o ideal é entrevistar o máximo de profissionais que considera aptos para, nesse momento, dirigir o São Paulo. E, a partir daí, selecionar dois ou três que entende serem mais adequados ao perfil do elenco atual.

Ou seja, o clube não fecha sua busca num determinado perfil de treinador. Abre o leque para fazer o caminho inverso. Depois de conhecer melhor os profissionais, faz um estudo para ver qual se encaixa melhor nas características do grupo de jogadores. Tanto dentro como fora de campo. Até agora, o discurso sobre o perfil desejado é genérico: treinador que una técnica e garra.

A questão financeira tem grande peso na decisão. O presidente Júlio Casares prega austeridade nas finanças. Isso equivale a dizer que não é viável escolher o melhor nome do mercado e fazer ginástica para bancar sua pedida salarial.

A estratégia de conversar com muitos treinadores também passa pelo entendimento de que não há margem de erro. O São Paulo não pode se dar ao luxo de trocar de treinador alguns meses após a contratação.

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