Ideia de jogo de Diniz não merece ser cancelada no futebol brasileiro
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A diretoria do São Paulo não tinha mais como segurar Fernando Diniz, demitido nesta segunda (1°). Já são sete jogos sem vencer. A vantagem de sete pontos na liderança do Brasileirão se transformou em desvantagem do mesmo tamanho para o Internacional, agora o primeiro colocado.
Mais do que a sequência desastrosa, o que justifica a queda do treinador tricolor é sua incapacidade de corrigir erros do time e de substituir alguns jogadores que não vão bem, como Daniel Alves.
Quem não pode levar a culpa é a ideia de jogo de Diniz. O problema não é a "saidinha", como ficou conhecida a saída de bola do São Paulo desde sua área. Injusto que ela tenha sido carimbada como vilã.
Essa é apenas uma ideia de jogo, tem seus pontos fortes e fracos, como todas as outras.
A engrenagem emperrou, na opinião deste blogueiro, por falhas na execução e pela falta de alternativas nos momentos críticos.
Muitos dos erros na "saidinha" e em outros lances que originaram gols dos rivais aconteceram por desatenção dos atletas, falhas de posicionamento e decisões equivocadas.
Diniz tem culpa por não conseguir interromper esses erros e principiante pelo fato de o time não apresentar variações para superar as marcações mais duras.
Toda estratégia que dá certo passa a ser mais marcada pelos adversários. Não seria diferente com a saída de bola tricolor.
Um dos fatores que tinham dado sobrevida a Diniz foi o entendimento da direção de que faltam peças no elenco para uma alternativa de jogo. A carência seria de jogadores rápidos para atuar pelos lados do campo.
Diniz deveria ter pensado nisso lá atrás. E se a forte base são-paulina não é capaz de entregar imediatamente um par de jogadores com essas características, há algo muito errado em Cotia.
Apesar de não ser a principal vilã, a ideia de jogo de Diniz não deve ser fielmente mantida por seu sucessor, seja lá quem for escolhido. Seria uma tortura psicológica para os jogadores dar a eles como única opção de saída de bola algo que faz a torcida pressionar o próprio time, ainda que sem estar no estádio.
No São Paulo, a ideia de jogo que favorece o toque de bola desde o goleiro precisa ser usada bem menos por enquanto.
Mas cancelá-la como proposta no futebol brasileiro por conta do que aconteceu com a equipe de Diniz seria injusto e até um atraso. Mesmo porque foi com ela que o São Paulo chegou a disparar na liderança do Campeonato Brasileiro.
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