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Ato hostil contra Gobbi aumenta preocupação com segurança em eleição

Paulo Garcia (e), Mário Gobbi (c) e Antônio Roque Citadini (d) - Divulgação
Paulo Garcia (e), Mário Gobbi (c) e Antônio Roque Citadini (d) Imagem: Divulgação

18/11/2020 04h00

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Ato hostil no último sábado (14) contra Mário Gobbi Filho, candidato à presidência do Corinthians, aumentou ainda mais a preocupação da comissão eleitoral do clube com segurança durante o pleito. O ex-presidente alvinegro deixava o Parque São Jorge num carro que foi alvo de arremessos feitos por adversários políticos.

O blog apurou que Gobbi afirmou a interlocutores que estava no banco do carona quando mais de um saco com água e gelo foi atirado contra o veículo, que não foi danificado.

O ataque teria sido feito por partidários do candidato Augusto Melo, segundo aliados de Gobbi. No entanto, os acusados de praticarem o vandalismo não foram identificados. A mesma versão dá conta de que candidatos a vagas no conselho ligados a Augusto confraternizavan no Bar da Torre, dentro do clube, pouco antes da confusão em volta do carro em que o ex-presidente estava. Há diferentes relatos de conselheiros apontando que teria sido despejado um balde com água ou com água e gelo no veículo.

Gobbi, que não foi atingido, telefonou para Augusto relatando o episódio.

Ele também falou com Romeu Tuma Junior, presidente da comissão eleitoral e que confirmou ao blog que o episódio aumenta sua preocupação em relação à segurança no pleito do próximo dia 28.

"Ele (Gobbi) me ligou, falou o que tinha acontecido, mas não identificou ninguém. Se identifica, enviamos para a comissão de ética. Eu disse que já tinha pedido para o clube comunicar aos órgãos de segurança sobre a eleição. Lamento profundamente que a temperatura continue subindo, apesar de todos apelos que fizemos a todos candidatos para que abaixem o tom", disse Tuma Júnior.

Na próxima quinta (19), ele fará nova reunião com grupos políticos e voltará a falar sobre a necessidade de diminuição na agressividade durante a campanha.

Um dos receios é o de que sócios não compareçam à votação com medo de casos de violência. Já há o rissco de aumento nas abstenções por conta do receio dos associados em relação à pandemia de covid-19.

"O que se espera é que os todos os candidatos apresentem suas propostas aos associados e demonstrem que têm maturidade política, especialmente responsabilidade para ocuparem os cargos para os quais estão se candidatando, que aliás são da maior importância para a instituição Corinthians", afirmou o presidente da comissão eleitoral.

Augusto confirma que recebeu o telefonema de Gobbi, mas diz que não é possível apontar que apoiadores seus tenham praticado os atos hostis, pois não presenciou a confusão. Ao ex-presidente ele afirmou repudiar tal comportamento.

"Até hoje fizemos uma campanha propositiva, com projetos e propostas. Não atacamos moralmente e muito menos pessoalmente ninguém. Repudiamos qualquer tipo de ataque moral e principalmente agressão. Decidimos que faremos campanha propositiva, não destrutiva. O Corinthians está sendo destruído, não por nós. Lamentamos o ocorrido, mas, de fato, não sabemos quem foi responsável porque não estávamos lá", disse Augusto ao blog por meio de comunicado.

Como mostrou o blog, a comissão eleitoral já estava preocupada com a segurança na eleição por causa do clima quente no clube.

Existia a recomendação para que sócios não fiquem no Parque São Jorge depois de votar como medida de prevenção contra a covid-19. Agora é possível que a comissão faça um pedido para os candidatos ao conselho não permanecerem na sede do Corinthians após o pleito para tentar evitar provocações entre os grupos.

Além de Gobbi e Augusto, o situacionista Duílio Monteiro Alves concorre à vaga que será deixada por André Sanchez.