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OPINIÃO

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Demagogia esconde que Ceni faz parte do problema

Rogério Ceni desabafou sobre o momento de indefinição que vive no São Paulo - Rubens Chiri/ SPFC.NET
Rogério Ceni desabafou sobre o momento de indefinição que vive no São Paulo Imagem: Rubens Chiri/ SPFC.NET

10/10/2022 13h31Atualizada em 10/10/2022 13h31

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Rogério Ceni disse que se tivesse dois bilhões, compraria o São Paulo e resolveria todos os problemas do clube que ama.

Demagogia.

Sabe quando Rogério Ceni gastaria dois bilhões com o São Paulo? Quando ele tiver dois trilhões.

É só ver que ele não abriu mão de um tostão da multa pela demissão em sua primeira passagem pelo clube.

E está muito certo. Certíssimo. Futebol exige profissionalismo e ele está sendo profissional em exigir seus direitos.

Outra interpretação de sua fala é que ele estaria defendendo a criação de uma SAF como meio de salvar um clube quebrado.

De uma forma ou de outra, Ceni tem usado as coletivas de forma magistral. Ao contrário de sua primeira passagem, quando, após derrotas, ele despejava números que nada explicavam, agora, ele constroi uma narrativa enganosa.

Qual é?

Eu sou o melhor para o São Paulo. Imprescindível. Cuido da piscina. Exijo fisioterapia em dose dupla. Crítico o médico que deixou o campo pelo lado "errado". Preciso de um time competitivo.

O problema são eles. A solução sou eu.

Não, Rogério é tão parte do problema como a diretoria golpista. Ele tem, em mãos, um bom grupo de jogadores que deveria estar rendendo mais do que rendeu até agora.

Caberia a ele dar mais poder defensivo ao time. Mais organização, não deixar a defesa tão desprotegida. Criar alternativas ofensivas que não passem apenas pelos lados do campo.

E qual foi a participação de Ceni nas contratações de Jandrei e Felipe Alves? Total, como no caso de Sidão, há cinco anos.

Rogério tem culpa também em todo o processo. Ele, que foi um vencedor, não conseguiu fazer seus jogadores terem postura de final contra o Palmeiras, no Paulista, e del Valle na Sul-americana.

Falar como gerente é tática para esconder falhas como treinador.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL