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OPINIÃO

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Menon: Sóbis e Independente desqualificam Futebol e Democracia

Rafael Sobis jogador do Cruzeiro durante partida contra o Náutico no estádio Mineirão pelo campeonato Brasileiro B 2021 - Fernando Moreno/Fernando Moreno/AGIF
Rafael Sobis jogador do Cruzeiro durante partida contra o Náutico no estádio Mineirão pelo campeonato Brasileiro B 2021 Imagem: Fernando Moreno/Fernando Moreno/AGIF

23/01/2022 15h55Atualizada em 23/01/2022 15h55

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O jogo do bicho é uma instituição centenária. Mais que centenária. Foi criado em 1892, no Rio, pelo Barão Drummond, com a intenção de arre andar fundos para o Jardim Zoológico.

Sobreviveu até hoje, mesmo na clandestinidade, mesmo com a proibição de jogos no Brasil porque segue à risca uma lei antiga: vale o que está escrito.

Quem joga sabe que, se ganhar, vai receber, mesmo sem saber quem vai pagar. É o fio de bigode.

Futebol precisa ser assim. Se não for, perde a credibilidade. E a credibilidade é importante para que a grande paixão nacional se mantenha forte.

E Rafael Sóbis, que viveu de futebol, deu uma punhalada em seu ganha-pão. Confessou que em 2016, jogando no Cruzeiro, fez corpo mole em um jogo contra o Inter, que lutava para não cair. Atendeu a pedidos recebidos durante a semana do jogo. Gente do Inter, ele diz. Jogadores? Dirigentes?

Não apareceu na área do rival. Não se esforçou nos escanteios. E foi admoestado por Mano Menezes, seu treinador.

Todas as desconfianças antigas de torcedores ganham status de verdade verdadeira, mesmo que não passem de lenda urbana. Afinal, se um jogador prejudica os companheiros (e o prêmio pela vitória que não veio?) e outros trabalhadores que caíram para a segunda divisão. Uma vergonha.

E a Independente? A maior torcida organizada do SÃO PAULO ameaçou bater em torcedores do SÃO PAULO que ousarem dizer o nome Trikas no estádio.

Quanto â mudança de estatuto, nenhum pio. Tigrões contra a torcida e tchutchuca contra Casares. Ou qualquer outro presidente.