Topo

Menon

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Menon: São Paulo-22 tem cara de Muricy, com muita casca e pouca base

Muricy Ramalho conversa com Rogério Ceni durante treinamento do São Paulo em 2006 - Fernando Santos
Muricy Ramalho conversa com Rogério Ceni durante treinamento do São Paulo em 2006 Imagem: Fernando Santos

08/01/2022 13h13Atualizada em 08/01/2022 17h18

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Em tempos de mercado da bola, a verdade de hoje pode ser a mentira de amanhã. Mas, com Patrick (anunciado hoje) e confirmando a chegada de Nikão, somando-se a Alisson e Rafinha, é possível traçar um perfil do novo São Paulo para 2022.

Ele tem jeitão do time tricampeão brasileiro entre 2006/8. Atenção, apressadinho: não estou dizendo que os dias de glória estão voltando.

Mas que tem a cara de Muricy, tem. Um time experiente, forte física e animicamente. E com muito jogo coletivo. Time de Jorge Wagner, Borges, Dagoberto.

A consequência é de pouca atenção à base. Wellington se enquadra no estilo, mas não vejo muito espaço para Thalles Costa, por exemplo. Bem, ele já foi muito elogiado por Muricy e talvez eu esteja errado.

Igor Gomes até pode se manter (Rogério gosta), mas vai ter de lutar ainda mais. Liziero foi para o Inter.

Do time atual na Copinha, o forte Nathan tem mais jeito de agradar do que o habilidoso Pedrinho.

E Juan?

Tem bala para encarar Calleri, Rigoni, Marquinhos, Luciano, Patrick, Nikão e, talvez, Soteldo?

Pode ter. Pedrinho pode ter. Vitinho pode ter. Mas terão chances de mostrar que podem?

Outra característica dos novos jogadores é que não terão valor de revenda. Rafinha (36), Nikão e Patrick (29) e Alisson (28) não darão lucro financeiro ao São Paulo. A aposta é no lucro técnico.

E o equilíbrio financeiro tão pregado fica por conta das possíveis saídas de Pablo, Vitor Bueno e Eder.

A movimentação do São Paulo tem método. Uma estratégia definida, que já deu resultados.

Atende aos desejos de Muricy e Rogério. Cabe a eles a obrigação de Libertadores.

No mínimo.