Menon: Cuca desequilibrado é um perigo para o Galo

O Galo perdeu para o Flamengo e, mesmo assim, tem dez pontos a mais na tabela. Se o Flamengo vencer os dois jogos que tem a menos, ainda assim ficará quatro pontos atrás do Galo. E sem a possibilidade do confronto direto.

Uma situação tranquila.

Se o Galo houvesse vencido, a diferença seria praticamente inalcançável.

E Cuca colocou seu time em campo como se o jogo fosse uma final.

E aqui, entra o ponto que estrangula o futebol brasileiro de hoje. Entrar como se fosse uma final poderia significar apuro nos passes, bom domínio de bola, imposição tática e técnica, jogadas ensaiadas, futebol coletivo.

Nada disso.

Para Cuca, significa time pilhado e muitas faltas. Desequilíbrio tático e anímico. Talvez por isso, Hulk e Nacho tenham jogado tão mal.

O Galo perdeu e Cuca se perdeu no pós jogo. Ou teria se achado no papel ridículo do machão que vai tomar satisfação com quem está comemorando a vitória.

Há outros casos conhecidos de Cuca. Na final da Libertadores passada foi esconder a bola para evitar uma reposição e acabou expulso. No Cruzeiro, deu uma cotovelada em Renteria, do Once Caldas, no São Paulo, jogou a bola na cara de Jorge Fossati, técnico da LDU, na China foi suspenso por sete meses após uma briga.

A vantagem do Galo é grande. Cuca tem méritos na sua construção. A vantagem do Galo é tranquila. Cuca é um perigo para a sua manutenção.