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OPINIÃO

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Menon: São Paulo tem uma bomba-relógio pronta a explodir e janeiro de 2022

Martín Benítez, meio-campista do São Paulo - Rubens Chiri / saopaulofc.net
Martín Benítez, meio-campista do São Paulo Imagem: Rubens Chiri / saopaulofc.net

17/09/2021 12h10

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Janeiro de 2022 é logo ali. Pouco mais de cem dias para que a ilusão de um ciclo de mudanças se abata sobre nós.

Janeiro de 2022. O São Paulo começará a pagar o acordo de rescisão com Daniel Alves. Não é pouca coisa não.

Janeiro de 2022. O São Paulo começará a pagar a maior parte - bem maior - dos salários de Calleri.

Janeiro de 2022. O São Paulo ainda tem 12 parcelas a pagar da rescisão de Hernanes.

Janeiro de 2022, ou um pouco mais pra frente. O São Paulo precisa pagar 1 milhão de euros ao Cruzeiro. É a segunda parcela da contratação de Orejuela.

Janeiro de 2022. O São Paulo precisa pagar 1 milhão de dólares para ficar com Galeano e 3 milhões para ficar com o argentino Martin Benítez.

E há muitos outros compromissos financeiros. A folha salarial ainda não foi diminuída consideravelmente, apesar das saídas de Juanfran, Daniel e Hernanes.

Como enfrentar a bomba-relógio?

Um dos pontos principais é chegar até a Libertadores. O São Paulo precisa torcer para que Flamengo, Galo e Palmeiras dividam os títulos da Libertadores, Brasileiro e Copa do Brasil. E que o Bragantino fique com o caneco da Copa Sul-americana.

Assim, haveria mais vagas para a Libertadores.

Mas, de nada vai adiantar, se o São Paulo não tomar um elevador que o leve do atual 16° para o oitavo lugar do Brasileiro.

A Libertadores paga 1 milhão de dólares para cada partida como mandante na primeira fase. 3 milhões no total.

Nas oitavas, a cota é de 1,05 milhão. E nas quartas, 1,5 milhão. O São Paulo arrecadou 5,55 milhões, equivalentes a R$ 30,6 milhões no câmbio de hoje.

É um aporte financeiro fundamental para quem tem muitos problemas financeiros. É importante para enfrentar a bomba-relógio. Outras armas, segundo Júlio Casares, são a volta do público e consequentemente aumento do número de sócios torcedores e a venda de jogadores.

Para chegar à Libertadores, é bom pensar em 60 pontos. O São Paulo tem 22 e mais 19 jogos a fazer.

Difícil.