Topo

Menon

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Apenas Rondon foi pior que Pablo nos últimos 50 anos

19/07/2021 17h26

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Na live do UOL sábado passado, disse que Pablo é o pior centroavante do São Paulo nos últimos 50 anos. Depois, fiz uma análise mais demorada e encontrei um pior: o venezuelano Alexander Rondon.

Ele foi contratado em 2004 por Juvenal Juvêncio. O então presidente ouviu Fabão, que havia enfrentado Rondon na Libertadores e o elogiou. Robson fez 11 jogos e nenhum gol.

Houve outros atacantes ruins, como Eliel e Ney Bala, mas eu considerei apenas aqueles que chegaram com boa expectativa. Pablo custou 7 milhões de dólares e veio para ser titular. Trellez é pior? Sim, mas custou menos e não se esperava muito.

Pablo tem 28 gols em 106 jogos. Tem cinco gols em 51 jogos de Brasileiro. E 10% dos gols que fez foram contra o 4 de Julho, naqueles 9 x 1.

E por que eu fixei minha análise a partir de 1970? Porque foi quando o São Paulo, após 13 anos de jejum, voltou a investir no time de futebol e contratou Toninho Guerreiro, Gerson e Pedro Rocha.

Depois de Toninho, surgiu Serginho. E Mirandinha. Nos anos 80, houve Careca e Muller. E Lê, o pequenino. Melhor que Pablo.

Nos anos 90, Dodô, Franca e Aristizábal. E Valdir Bigode, muito contestado. Fez 30 gols em 63 jogos. Incomparavelmente mais efetivo que Pablo.

Depois, vieram Luis Fabiano, Diego Tardelli, Ricardo Oliveira, Luisao, Aloísio, Amoroso. E o tricampeonato contou com Borges e Dagoberto.

Quem mais?

Alan Kardec, Brenner, Luciano.

Chávez, o argentino que pouco ficou, tinha força física e velocidade. Pratto. Gilberto.

A comparação pode ser um pouco injusta com Pablo. Nos anos 80, os jogadores ficavam mais tempo no Brasil, o que justifica tantos craques. Se ainda fosse assim, ele nunca teria chegado no São Paulo. Tem muita sorte e pouca bola.