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Copa América foi derrota para Bolsonaro, o parceiro da morte
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Jair Bolsonaro aceitou e lutou para que a Copa América fosse realizada no Brasil, em meio a uma pandemia que ele se recusou a enfrentar. Pior, desdenhou o tempo todo do sofrimento do povo brasileiro. "Não sou coveiro", disse.
Bolsonaro não visitou um hospital. Não recebeu uma família. Não chorou - deve achar que choro é coisa de viadinho - não se solidarizou.
Tudo seria perdoável se houvesse comprado vacina, mas, talvez pensando no gado que o apoia, preferiu apostar na tal imunidade do rebanho. Bolsonaro foi parceiro da morte.
Mas trouxe a Copa América. Um refresco. Para a população? Não. Para seu mandato. Um título é um título e ele estaria lá, na festa, levantando a taça.
O presidente pé quente. A imagem que deveria prevalecer sobre os pés frios de 530 mil cadáveres brasileiros.
A tática estava explícita, apesar da inocência, candura e meiguice de jogadores como Marquinhos que pedem que não se misture futebol com política.
À medida que a Copa avançava, as notícias ficavam piores para Bolsonaro. Apareceu a denuncia de corrupcão na compra de vacinas. A vida do brasileiro passou a valer um dólar. Menos que um quibe. Ou um pastel. A popularidade foi desmanchando. E, pela primeira vez, uma pesquisa mostrou que a maior parte da população é a favor de seu impeachment.
Uma foto com os campeões da Copa América poderia resolver? Não sei. No atual momento, em vez de ajudar Bolsonaro, prejudicaria os jogadores.
Bolsonaro virou o Rei Sadim. Ao contrário de seu irmão, Midas, que transformava tudo em ouro, Sadim transformava tudo em material orgânico. Bosta.
Bem, não haverá foto. A comemoração ficou com seu inimigo, Alberto Fernández, amigo de Lula.
A Bolsonaro, resta fazer desfile de motos por aí. E arrotar, literalmente, contra a Democracia Brasileira.
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