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OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Abel não precisa de tropa de "Zambellis", pronta a brecar o bom debate

Carla Zambelli (PSL-SP) [Foto Cleia Viana/Câmara dos Deputados] - Carla Zambelli (PSL-SP) [Foto Cleia Viana/Câmara dos Deputados]
Carla Zambelli (PSL-SP) [Foto Cleia Viana/Câmara dos Deputados] Imagem: Carla Zambelli (PSL-SP) [Foto Cleia Viana/Câmara dos Deputados]

28/04/2021 12h45Atualizada em 28/04/2021 14h12

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Abel Ferreira é um jovem técnico português que trabalhava na Grécia e que chegou ao Brasil para dirigir um time com uma história fantástica.

Com pouco tempo de trabalho, ganhou a Libertadores, algo que o clube não conquistava desde 1999. E, ao contrário da quase totalidade dia treinadores brasileiros, mostrou preocupação com o calendário e seus efeitos sobre o futebol brasileiro.

Europeu, jovem, vencedor e com ideias. Um personagem fascinante para que se faça um debate que traga luz ao nosso futebol, que vive à sombra de ideias medianas.

Um debate que é negado por parte dos torcedores palmeirenses. E por uma nova categoria: o jornalista palmeirense que tem como missão defender o Palmeiras.

Abel é um gênio. Um revolucionário. Não pode ser criticado. E o Palmeiras é criticado desde 1914 por uma imprensa que não aceita o sucesso do clube.

É um comportamento parecido com o da deputada Carla Zambelli em relação ao presidente Jair Bolsonaro.

Se alguém diz que o Palmeiras foi um fracasso no Mundial, é chamado de anti e de clubista. Afinal, como vencer o Al Ahly com aquele jet lag todo?

Se alguém diz o Rei está nu após as fracas atuações contra o Defensa y Justicia, tem sua opinião desvalorizada e ironizada.

A coisa é uma paranóia. O Palmeiras consegue uma vitória espetacular contra o Independiente del Valle e os Defensores de Abri, a Guarda Pretoriana de Abel, os Zambellis de Abel, em vez de comemorarem, ficam ironizando um colega que disse ser um vexame o time não se classificar para a segunda fase do Paulista. Dizem que o Paulistão é um laboratório. Então, as experiências não têm dado resultado satisfatório.

O rancor predomina. Sufoca a alegria.

Sinto informar-lhes que Abel Ferreira não acerta sempre. Não é um gênio. Ninguém é um gênio. É possível discordar até de Cruyff, Guardiola, Telê, Zagallo. Até de Deus, se é que Deus existe.

O que não existe é respeito a jornalista zambelli, mais disposto a defender seu clube até a morte do que a praticar jornalismo.