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OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Discordo de Milly Lacombe sobre questão racial impulsionando Kaká

23/03/2021 14h48

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Sou muito fã de Milly Lacombe. Ela escreve muito bem e temos ideias parecidas sobre a vida. Há seis anos, fiz uma ótima entrevista com ela.

A Milly participou do quadro Sincerão e definiu Kaká como um jogador superestimado e que não deveria ter ganho o prêmio de melhor do mundo em 2007.

Nada a contestar. É opinião. Eu também não sou um grande fã dele. Não o vejo nos dois melhores São Paulo de todos os tempos. E nem, sei lá, entre as dez maiores seleções brasileiras históricas.

Minha discordância é sobre Kaká ter tido um início de carreira impulsionado por ser branco e de classe média alta.

Não vejo esse recorte racial importante na sua carreira. Qual jogador negro teria sido ofuscado pelo perfil sócio-economico ou racial de Kaká? Júlio Batista, que surgiu com ele? Não, Kaká era muito melhor? Gil, do Corinthians?

Não estou negando racismo no Brasil. E nem no futebol brasileiro. Apenas não vejo ou não conheço jogadores negros que tenham sido preteridos por serem negros.

Foram humilhados e ofendidos como Barbosa, Bigode, Gerson, Grafite, Aranha e tantos outros, mas não sei de casos de perderem posição por serem negros.

Mas, estou avançando muito. Fiquemos com Kaká. Milly acha que Cristiano Ronaldo, Messi e Shevchenko.

Todos brancos.

As questões sociais estão presentes em toda a sociedade. No esporte, também. Mas nem tudo é culpa da opressão ou dos privilégios.

Edina Alves Batista apitou de maneira perfeita o Derby. Foi muito elogiada.

Apitou muito mal São Paulo e Novorizontino. Foi criticada. A Federação soltou uma nota com críticas a ela.

Logo, disseram que foi machismo. E duvidaram que o mesmo seria feito com um homem.

Ora, foi feito no ano passado com Flávio Mineiro, que fez lambança em São Paulo x Novorizontino.

E sabe quem assinou a nota com críticas a Edina? Ana Paula de Oliveira, responsável pela arbitragem. Mulher.

Enfim, viva a Milly, de quem nunca discordo. Foi minha primeira vez.