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Abel Ferreira precisa ter conversa de educador com Luan
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Abel Ferreira é uma pessoa importante para o futebol brasileiro, embora tenha arribado por essas bandas há apenas quatro meses.
Já ganhou uma Libertadores e pode vencer a Copa do Brasil.
Mas não falo apenas do aspecto técnico. Ou de tática. A importância dele ultrapassa o campo.
Ele tem se mostrado alguém interessado em melhorar o futebol. Coloca o dedo na ferida que é o calendário. E se mostra humilde ao reconhecer erros táticos, como na derrota para o River Plate, e comportamentais, como na pressão contra arbitragem.
Não estou fazendo aqui uma mini hagiografia de Abel. Ele também erra, como no Mundial, quando foi mal em campo e também na entrevista.
Enfim, Abel tem algo de diferente e pode contribuir muito para o futebol brasileiro.
Por isso, espero muito de uma conversa dele com Luan, expulso contra o Grêmio, após uma cotovelada violenta em Diego Souza, em um lance sem perigo algum.
E justamente isso - lance sem perigo - é o que não espero de uma conversa de Abel. Esse enfoque fica para outros "professores": porra, Luan, o lance não tinha perigo, você prejudicou o time e agora, vai pro banco de reservas.
Não. Um verdão professor precisa explicar a Luan que, apesar de futebol ser um jogo de contato, o que ele fez foi uma covardia. Foi uma tocaia.
Abel precisa dizer a Luan que um ser humano não pode fazer aquilo com outro. É um ato animalesco.
Quando Luan deixou o campo, Felipe Melo correu até ele e disse: vamos correr por você. Um exemplo de corporativismo que se confunde com cumplicidade diante da violência descabida.
Abel precisa dar mais a Luan do que palavras vazias do coach Felipe Melo ou do que uma suplência. Pode torná-lo um cidadão melhor.
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