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Lucas Sena dá sua versão e acusa o São Paulo de ameaçar jogadores

20/10/2020 04h00

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Há dias, publiquei uma matéria sobre a dificuldade de renovação do lateral Lucas Sena

Ele não concordou e mandou sua versão, que público abaixo. Lucas não desmente os valores que publiquei sobre seu pedido de renovação: $ 1 milhão de luvas, $ 100 mil por mês e 20% dos direitos.

E acusa o São Paulo de ameaçar jogadores que não aceitam propostas de renovação.

*Nota Oficial*

Em recente publicação no UOL, Luis Augusto Símon (Menon) escreveu sobre as negociações do atleta Lucas Breno Sena Lima com o São Paulo Futebol Clube.

Colocamos aqui a nossa versão

*UM BREVE HISTÓRICO:*

Lucas e sua família são naturais de Guanambi, na Bahia. Seu pai notou o talento do filho para o futebol e decidiu tentar a sorte em São Paulo. Vendeu sua casa e sua pequena oficina de motos, pagou as dívidas e viajou com a família (Lucas, na época tinha 10 anos de idade). Chegando em São Paulo, alugou um pequeno apartamento, sem móveis, em Cotia. Dormiam no papelão das caixas utilizadas na mudança.

Em fevereiro de 2012, entrou no futsal do Barueri e em abril do mesmo ano foi aprovado em um teste no São Paulo Futebol Clube.

Os pais do atleta procuravam emprego, e, desempregados, viviam com o pouco dinheiro da venda de quase todos os seus bens.

Lucas Sena sempre foi um atleta extremamente dedicado e sempre cumpriu com suas obrigações profissionais, trabalhando dentro e fora de campo para atingir seus objetivos.

Aos 16 anos de idade, assinou o primeiro contrato profissional, por um período de 4 anos, o que não é permitido pela regulamentação da FIFA. Em caso similar, o São Paulo Futebol Clube perdeu recentemente um atleta da mesma idade. Os valores pedidos pelo jogador são compatíveis com os valores que o atleta pode receber caso opte por esse caminho.

Diferentemente do publicado, o atleta NUNCA ganhou R$ 8.000,00 (oito mil reais). Seu salário era de R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais).

O São Paulo Futebol Clube NÃO tenta renovar o contrato do atleta desde junho do ano passado. O atleta e a AGON, empresa que o representa, apenas foram procurados no dia 2 de junho de 2020 e, de fato, não houve acordo para a assinatura de novo contrato.

Várias empresas procuraram o atleta - durante a vigência do contrato de trabalho com o São Paulo Futebol Clube e enquanto ele ganhava um salário inferior à de vários atletas de nível similar - para que ele rompesse o vínculo com a AGON. Prometiam ao atleta que aumentariam o seu salário de forma significativa caso ele aceitasse mudar de representante.

De fato, em pesquisa realizada pela AGON, todos os atletas que trabalhavam com uma das empresas tiveram "Prorrogação e Alteração Salarial" nos seus contratos de trabalho.

Além disso, cabe informar que os atletas que não aceitam as condições propostas pelo São Paulo começam a receber ameaças.

O atleta e sua família nunca cederam às pressões externas e nem foram seduzidos por propostas escusas.

O atleta trabalha e continuará trabalhando com dedicação e afinco para ajudar a sua equipe, e a AGON com honestidade e transparência para defender os interesses do seu cliente.