Ninguém fez mais que Luxemburgo em 2020
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Se Luxemburgo ganhar a Libertadores do Corinthians (é uma ficção), ganhar o Mundial do Bayern e o Interplanetário dos Incas Venusianos, seus críticos dirão que faltou posse de bola e saída de três e que o grande treinador do ano é alguém que não ganhou nada, mas que implantou um revolucionário sistema de perde-pressiona.
O treinador do Palmeiras não é analisado pelos resultados que entrega e sim por não seguir os conceitos draconianos elencados pelos jornalistas para se definir o que é moderno.
Sabe o que é moderno para um palmeirense? O que é eterno para um palmeirense? Ganhar "deles". Ainda mais se for na casa "deles". Derrubar ou encaminhar a queda do treinador "deles". Vale muito.
Vanderlei fez tudo isso. Para seus críticos, não vale nada. Esquecem a história, o anseio da torcida e menosprezam o feito. "Ganhou o quê? Paulistão nem deveria existir mais".
O time está invicto na Libertadores. Ah, a chave é fraca. Ganhou na altitude? Ah, é um time da Bolívia. Está quase classificado? Quero ver na segunda fase.
É o único treinador que não é julgado pelos resultados. Não adianta estar invicto, não adianta revelar jogadores, nada adianta. O que conta é o desempenho. E o que define o desempenho? As regras que eu criei.
Imaginem se Luxemburgo tivesse sido eliminado pelo Mirassol e perdido para o Binacional.
Seria preso em nome dos bons costumes.
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