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Menon

Denis agarrou segunda chance e deu a volta por cima

28/07/2020 12h37

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Denis foi eleito, pelo jornal Record, o melhor goleiro do campeonato português.

Quem será o pior, pergunta, ironicamente, um gaiato torcedor do São Paulo.

A torcida tricolor tem muita mágoa e raiva de Denis. Ele falhou algumas vezes, como muitos goleiros. Falhou grotescamente, como poucos.

Foram 173 jogos com a camisa do São Paulo.

Para o bem de Denis, deveria ser bem menos.

Ele cometeu um erro estratégico: aceitou ser reserva por muito tempo, aguardando a aposentadoria que Ceni postergou por dois anos pelo menos.

Denis apostou em uma sucessão natural, sem traumas, como foi a de Zetti para Rogério Ceni. Mas ele não é Ceni e Ceni não era Zetti. Era muito mais ídolo, deixando análises técnicas de lado. E a carga sobre Denis foi muito maior.

Houve ainda o caso de uma postagem da mulher de Denis fazendo um questionamento sobre Rogério. Aí, o amor da torcida passou a ser impossível.

Denis deveria ter saído muito antes. Como reserva de Ceni, teria lugar em muitos clubes da Série A. Como reserva de Sidão, precisou ir ao Figueirense, na B.

E com muito atraso de salário.

Veio o convite do Gil Vicente. E Denis foi eleito o melhor do campeonato, mesmo com seu time terminando em décimo lugar.

É a volta por cima.

Denis teve a segunda chance e a agarrou com muita segurança.

Uma recompensa a quem sempre trabalhou com seriedade e enfrentou a carga de substituir um ídolo, o maior ídolo.