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Diniz erra bastante e o bom Bragantino vence com méritos

Jogadores do Red Bull Bragantino comemoram gol contra o São Paulo - Divulgação/Federação Paulista de Futebol
Jogadores do Red Bull Bragantino comemoram gol contra o São Paulo Imagem: Divulgação/Federação Paulista de Futebol

23/07/2020 22h27

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São Paulo e Bragantino fizeram o melhor jogo da volta do Covidão-2020. O Braga venceu porque utilizou o campo todo. E porque Fernando Diniz foi muito inerte, demorando muito a fazer substituições que mudassem o estilo de jogo.

O São Paulo joga muito pelo meio do campo. Tchê Tchê, Daniel Alves, Igor Gomes e Vitor Bueno trocam muitos passes e os corredores laterais ficam para Reinaldo na esquerda e Juanfran na direita. Ah, Pato e Pablo também tricotam pelo meio. Menos que os outros, mas tricotam sim.

Ficar no corredor sem ter parceria é muito difícil. A possibilidade de chegar ao fundo e cruzar diminui muito.

O São Paulo fez o primeiro gol com cruzamento de Reinaldo e praticamente abandonou este tipo de jogada. Juanfran se apresentou algumas vezes mas foi ignorado.

O Bragantino virou o jogo com duas jogadas de ponta, com Artur servindo Mateus Jesus e Morato tirando Arboleda pra dançar. Pablo, com um chute de fora da área empatou.

No segundo tempo, o Bragantino começou melhor e Artur, vindo da ponta para o meio, em tabela com Vitinho, fez um lindo gol.

Eram 21 minutos e Diniz demorou cinco para reagir. E fez duas substituições que não deram profundidade ao time, que seria o necessário. Tirou Arboleda, colocou Reinaldo na zaga e Everton entrou na lateral. Um homem e um corredor. Sem ninguém para tabelar. E trocou Vitor Bueno por Liziero, para ter uma transição mais rápida.

Nada deu certo. E Diniz foi se mexer apenas 12 minutos depois. Colocou Paulinho Boia na esquerda e Helinho na direita, tirando Juanfran e Pato. Enfim, por 15 minutos, o São Paulo teve profundidade e jogadas pelas pontas.

Trocou Igor Gomes por Hernanes. Deveria ter feito antes a troca.

O São Paulo de Diniz não tem velocidade e profundidade. A transição é sempre pelo meio. Muito lenta. Falta pegada no meio. E alguns jogadores, como Vitor Bueno, precisam levar um choque. Ou mais de um.