José Ferreira Neto é um gigante, diga-se de passagem
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Eu faço parte do Grupo Esporte pela Democracia. O Neto também. Aliás, ele é muito mais ativo. Participa mais, sugerindo pautas e buscando notícias, como um repórter perdigueiro.
E ele sempre escreve que deseja melhorar, que deseja aprender, com todos.
É possível aprender com todos. E eu estou aprendendo com o Neto. O seu "Os donos da Bola" de hoje, 10 de junho, é um marco na história da televisão brasileira.
Tocou na ferida de um tema, o racismo, que ainda choca muita gente. Muitos telespectadores vão dizer que o Neto está de mimimi, que só devia falar de futebol.
Não sei se ele ganhou ou perdeu audiência dando voz a Bernardo e Edílson. Não sei se perdeu espaço com gente branca que não gosta de se ver no espelho. Talvez seja até criticado por movimentos identitários por, sendo branco, tomar o lugar de fala dos negros.
Talvez.
São riscos.
E quem, tendo uma posição consolidada, sai de sua zona de conforto e assume uma posição, é um gigante.
Quem tem a coragem de meter a cara e dizer "eu fui nojento quando cuspi no Zé Aparecido, eu fui um grande covarde"?
Zé Ferreira, como dizia meu amigo Robson Sola, eu sou seu fã e aprendo com você.
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