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Não existe dinizismo e nem dinismo. Existe um bom trabalho

Fernando Diniz comandou o São Paulo em partida contra a LDU pela Copa Libertadores - Marcello Zambrana/AGIF
Fernando Diniz comandou o São Paulo em partida contra a LDU pela Copa Libertadores Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

26/03/2020 19h29

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Dinizmo? Dinizismo.

Se me torturarem e obrigarem a escolher, ficaria com dinizismo.

Mas, para mim, o trabalho de Diniz não merece um selo próprio por não ser original. Não é algo inédito e nem revolucionário.

Circulação de bola, transição bem feita, posse de bola...são conceitos usados por outros treinadores, principalmente fora do Brasil.

O importante no trabalho de Diniz é a ideia por trás do método: mandar no jogo, ser impositivo. Tentar ganhar.

Ganhar é a base de tudo. Ganhar é o que vale. Ninguém se sustenta sem vencer.

Eu vejo dois grandes méritos no trabalho de Diniz no São Paulo. E dois problemas também.

O primeiro grande acerto é enxergar o óbvio. Daniel Alves é um oito e não um dez, como Cuca pensou. Ele é o condutor do jogo, atuando de forma vertical, de área a área. Marca, desarma, conduz e lança. Finaliza também. Antes, ficava mais à frente, com menor participação.

O segundo acerto foi apostar em Pato. Novamente, uma escolha óbvia. Ele é o melhor atacante do grupo de jogadores. Tem de estar em campo e não fora dele.

Escolher o óbvio é genial.

O que Diniz ainda precisa fazer? Melhorar o jogo pelas pontas. Antony e Vitor Bueno derivam para o meio e abrem-se corredores. Reinaldo aproveita, mas Juanfran, não.

E diminuir o risco de contra-ataque ao ter a posse de bola no campo rival. Pode ser mortal.

É um bom trabalho. Não é autoral.