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Menon

Reinier e as lágrimas alegres e tristes do futebol brasileiro

19/02/2020 04h00

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Ah, se o futebol brasileiro, essa entidade mítica, adorada em todo o mundo, fosse um ser humano. Ele estaria chorando junto com Reinier, em sua chegada ao Real Madrid.

Como não chorar junto com um menino de 18 anos, que chega a um dos maiores clubes do mundo? Como não se emocionar ao vê-lo agradecer e homenagear pai, mãe e irmã?

Como não chorar junto com o garoto de 18 anos, de terno e tentando falar espanhol em sua primeira entrevista?

Como ele, o futebol, não imaginar peraltices do trio Reinier/Rodrigo/Vinícius Jr? Quem sabe o ataque do Real Madrid? Ou da seleção brasileira?

É uma prova a mais do constante revigoramento do futebol brasileiro, de sua renovação interminável. Gabriel Jesus já é um vovô.

Mas as lágrimas do Ser Humano Futebol Brasileiro também são de tristeza. Reinier disse que está cumprindo um sonho de infância. É verdade. A criança com futuro no futebol, já pensa na Europa. O sonho não é ser um novo Zico. É ser protagonista longe daqui. Só voltar no final do ano, para o jogo do Zico.

Reinier tem 15 jogos e seis gols pelo Flamengo. E já vai voar, longe daqui, pertinho daqui, no sofá da sala.