Entendo, mas lamento ver JJ ao lado de JB
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Jorge Jesus é o estrangeiro mais amado do Brasil. Talvez, de todos os tempos. O mais importante. Um dos, com certeza, quando lembramos de Elisabeth Bishop.
Ele é a nossa Carmem Miranda do terceiro milênio. Nascida em Portugal e amada por todos os brasileiros.
Como o samba une e o futebol desune, Jorge Jesus é amado "apenas" pelos milhões de rubro-negros. E respeitado por milhões de outros, agradecidos pelo que está fazendo no futebol brasileiro.
E pode haver honraria maior para um estrangeiro do que ser recebido pelo presidente do país que o recebe?
Eu vou ser ombudsman de sentimento alheio? E, mesmo se não quisesse ir, seria difícil negar, diante de uma diretoria que adora a aproximação com o presidente.
Tostão aceitou visitar o ditador Médici, após o Brasil ganhar o tricampeonato, em 1970.
Então se Tostão visitou um ditador, por que JJ não pode visitar alguém que tem alma e cérebro (?) de ditador e foi eleito democraticamente?
Poder, pode.
Eu só lamento que, ao fazer isto, ele ajude a normalizar um presidente que não respeita a liturgia do caso e faz ofensa sexual contra uma mulher. Jornalista? Ótima jornalista? Premiada jornalista? Não interessa. Mulher.
O encontro teve uma terceira pessoa. O ministro que ofende funcionários públicos ("parasitas") e empregadas domésticas.
Essas duas tristes figuras têm muito mais a ganhar com esse encontro do que Jorge Jesus. Eles dois são os parasitas, no caso.
Fica a torcida para que o rubronegro miserável e cada vez mais desamparado e atacado pela política econômica, não se iluda ao ver seu amado Mister abraçado com quem faz de tudo para tornar sua vida ainda pior.
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