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CBF deveria pagar tratamento e salário de Walce

Walce, jogador da seleção brasileira sub-23 - Divulgação/CBF
Walce, jogador da seleção brasileira sub-23 Imagem: Divulgação/CBF

13/01/2020 13h47

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O São Paulo recusou uma oferta de $ 27 milhões por Walce. Esperava receber mais. E também esperava aproveitar o jogador no time titular.

Dinheiro ou aproveitamento esportivo?

Não vai ter nenhum dos dois. O jogador sofreu contusão grave nos treinamentos da seleção sub-23, que se prepara para o Pré-Olímpico.

Walce, o maior prejudicado, ficará oito meses fora do futebol.

E a CBF?

Já convocou ou vai convocar outro atleta. Só isso.

Impossível responsabilizar a CBF pela contusão. O campo é bom e o jovem foi atendido prontamente.

Mas, se não é culpada pela contusão, me parece claro que ela é responsável pelo jogador. Walce estava a seus serviços. Ela deveria pagar os salários de todos os convidados. E agora, o tratamento médico do jogador.

A CBF é mais rica que os clubes. E age como uma cafetina. Convoca, escala e ganha muito com patrocínio, sem gastar nada.

E os clubes, que gastam dinheiro na descoberta do garoto, no aprimoramento do jovem e no vínculo do profissional, não recebem nada.

E é bem feito para eles. Não fazem nada, coletivamente falando, para mudar a situação. São coniventes.

É uma relação de servidão, indigna para clubes que, um bilhão de vezes mais que a CBF, fazem a grandeza do futebol brasileiro.