Corinthians não pode abrir mão de contratações
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Corinthians e São Paulo, dois times paulistas com dívidas, vivem sobre a sombra da tragédia do Cruzeiro, praticamente falido.
Os dois estão reagindo de forma diferente. O Tricolor fechou o cinto e o Corinthians está ativo no mercado. Trouxe Luan, Cantillo e lutou por Michael, do Goiás.
Na verdade, acho que a diferença não é tão grande assim. O São Paulo entrou direto na fase de grupo da Libertadores e tem mais tempo para agir. Acredito que contratará, sim.
Qual a receita correta?
Estive conversando com meu amigo Vessoni, grande repórter que cobre o Corinthians há tempos. Desconfio até que tenha simpatia pelo Timão.
Temos pensamento similar. Como um time gigante, o maior campeão da década, pode ficar longe do mercado? Fazer um time ruim por quatro anos, ficar rondando no meio da tabela (e o pesadelo de 2007?) como um zumbi para depois voltar à sua vocação: futebol competitivo.
Ah, mas o Flamengo....O Flamengo vinha mal há tempos e teve condições de fazer o ajuste. Mas nunca saiu do mercado: tirou Guerrero do Timão.
E a dívida do Corinthians? É grande, mas pode ser bem equacionada. E o orçamento do clube é de $500 milhões. A oferta por Michael foi de $22 milhões, apenas 4% do orçamento.
Em 2008, eu cobria o Corinthians. O clube havia sido rebaixado. Recebeu alguns dirigentes do Barcelona, que passaram uma receita: a melhor forma de enfrentar dificuldade financeira é apostar no futebol. Um bom time significa estádio cheio.
Andrés seguiu a dica e contratou Ronaldo, passando a perna no Flamengo.
São muitas variantes para sair da crise. Abdicar de ter um time forte, é certeza de crise maior.
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