Novo calendário sufoca rico campeonato paulista. Vão abrir mão de dinheiro?

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O campeonato paulista é, disparado, o mais rentável entre os estaduais. O faturamento com direitos de transmissão para a edição de 2025 foi de aproximadamente R$ 350 milhões.
A Federação Paulista de Futebol (FPF) faz uma venda fragmentada para múltiplas plataformas. Passa jogo na TV aberta (Record), TV fechada (TNT Sports), streaming (Max), YouTube (CazéTV) e pay-per-view (Paulistão+ via UOL Play, Zapping e Nosso Futebol).
Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo recebem as maiores quotas, como responsáveis pelas maiores audiências. O sucesso financeiro do Paulistão há tempos é um entrave para mudanças no calendário do futebol brasileiro.
O motivo? Os clubes paulistas não gostariam de perder suas significativas fatias desse bolo. Isso significava resistência a mudanças como as anunciadas pela CBF na quarta-feira.
Entenda como ficou:
- Campeonatos Estaduais: 11 de janeiro a 8 de março (máximo de 11 datas, reduzido das 16 anteriores).
- Campeonato Brasileiro Série A: 28 de janeiro a 2 de dezembro.
Em suma, quatro rodadas iniciais do Brasileirão serão intercaladas com os estaduais, entre janeiro e março. Ou seja, semanas com jogos dos dois torneios, provavelmente estaduais em dias úteis e Brasileirão nos fins de semana.
A questão é: onde a Federação Paulista vai encaixar todos os jogos com menos cinco datas? E são vários os compromissos assumidos com os detentores de direitos de transmissão.
Reduzir o certame para 11 datas significaria, em tese, entregar menos partidas do que foram vendidas. Isso exigiria uma revisão dos contratos e valores, provavelmente, menores.



























