Mauro Cezar Pereira

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As lições que a má temporada do City de Guardiola deixa para todos nós

A eliminação do Manchester City para o Al-Hilal surpreendeu a muitos. Não deveria, não só pelo elevado investimento feito no elenco saudita, repleto de bons e ótimos jogadores internacionais, mas pelo que foi a temporada acidentada ao extremo do time de Pep Guardiola.

Em verdadeiro fim de ciclo, que pode ser simbolizado pelo adeus de Kevin De Bruyne, agora no Napoli; e por Jack Grealish, que custou cerca de 100 milhões de libras, à disposição do mercado, ou seja, querem negociá-lo. Também há Kyle Walker, emprestado ao Milan, que voltou e não ficará.

Em nenhum momento os Citizens brigaram para valer pelo título da Premier League, conquistado pelo Liverpool, com sobras. A vaga na Liga dos Campeões foi alcançada após uma luta até o fim do certame, muito diferente dos anos anteriores, quando sempre arrancou entre os líderes.

Eliminado da Champions League pelo Real Madrid e da Copa da Liga Inglesa pelo Tottenham, o Manchester City chegou à decisão da Copa da Inglaterra, que poderia significar o título de 2024/2025. Perdeu para o Crystal Palace, que jamais havia conquistado algo relevante na sua história.

Apesar disso tudo, claramente o time de Guardiola tratou a Copa do Mundo de Clubes da Fifa como a primeira etapa da pré-temporada, visando o período 2025/2026. Além de lançar a camisa a ser usada a partir de agosto, estreou novos contratados, escalou jovens, poupou titulares...

Rodri, voltando de séria lesão, aproveitou o certame nos Estados Unidos para readquirir um pouco mais de ritmo. Claro movimento que visava as próximas edições de Champions, Premier League e das duas Copas que os times ingleses disputam. Um olhar no futuro, isso estava claro.

Não por acaso, após a vitória sobre a Juventus, em Orlando, em jogo solto, de marcação frouxa, que mais parece peleja de pré-temporada, Guardiola se referiu, na coletiva, ao período 2024/2025 como "temporada passada". Contudo, o Mundial ainda pertence a esse trecho iniciado no ano passado.

A eliminação para o Al-Hilal claramente não os abalou como quando isso ocorre na Liga dos Campeões, por exemplo. E esses tempos mais duros para o time dominante na Inglaterra nos anos mais recentes mostram que mesmo os maiores têm dificuldades e não serão hegemônicos eternamente.

Não por acaso o Bayern tanto buscou a recuperação do título da Bundesliga, após um campeonato dominado de cabo a rabo pelo Bayer Leverkusen de Xabi Alonso, agora técnico do Real Madrid. Que poderá reencontrá-lo aqui nos Estados Unidos. Os times se reconstroem por novos duelos e desafios.

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