Participação de dono do Botafogo pode tirar o Crystal Palace da Liga Europa
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O que se passou com o León, do México, no Mundial de Clubes da Fifa poderá se repetir na Liga Europa com o Crystal Palace. Por pertencer ao mesmo dono do Pachuca, também classificado para o certame que começará no próximo dia 14, nos Estados Unidos, o clube mexicano foi afastado. O Los Angeles FC se qualificou para ocupar a vaga no grupo do Flamengo, que conta, ainda, com o inglês Chelsea e o Espérance, da Tunísia.
Nesta terça-feira, o Crystal Palace terá uma reunião com a Uefa em "tentativa desesperada de evitar ser retirado da Liga Europa", publicou o jornal Daily Mail. O time de Londres conquistou a vaga histórica ao vencer a Copa da Inglaterra, batendo na final, em Wembley, o Manchester City. No entanto, devido às regras sobre propriedade multiclubes, o Brighton & Hove Albion poderá herdar o seu lugar.
Dono do Botafogo, John Textor possui cerca de 43% das ações do time, além de ser acionista majoritário do francês Lyon, que também se classificou para a competição. Contudo, o regulamento da Uefa veta dois clubes de mesma propriedade no certame. O que termina em posição superior na liga tem preferência nesses casos. O francês foi sexto no campeonato de seu país, enquanto o time do sul de Londres ficou em 12º na Premier League.
O mais irônico é que o americano não tem o poder de decisão no clube inglês, pois os demais acionistas, juntos, somam mais de 50% das ações. O jornal destaca que uma possibilidade seria descer para a Conference, que vem logo abaixo, no ranking de importância da União Europeia de Futebol. Porém o Brondby, da Dinamarca, espera ocupar uma vaga na competição, e é de propriedade do também acionista do Palace, David Blitzer.
O Daily Mail acrescenta que o argumento do campeão da FA Cup é de que não há relação com o Lyon, seja de instalações, ativos ou jogadores compartilhados, e que Textor não toma decisões em Selhurst Park, com apenas 25% dos votos, assim como o presidente Steve Parish e dois outros sócios, Josh Harris e Blitzer. Em suma, o americano do Botafogo não tem influência sobre as operações.
Como não se sabe qual será a posição da entidade diante de tal argumento, o jornal cita que outra saída seria John Textor vender sua participação, já. Contudo, é improvável que o faça, a menos que o preço seja atraente. Assim, depois do sonho realizado ganhando seu primeiro título relevante, o Crystal Palace pode se frustrar ficando fora de uma competição internacional da qual merece participar.
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